Durante o tempo difícil em que vivemos, o auxílio emergencial foi fundamental para que algumas famílias pudessem passar pelo pior que a pandemia da covid-19 poderia nos proporcionar. Sem ele, muitas pessoas desempregadas não faziam ideia de como teriam colocado comida na mesa.
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Porém, mesmo com a pandemia hoje tendo números menores e menos alarmantes, o desemprego e a crise seguem exatamente do mesmo jeito. A diferença é que agora essas pessoas não têm mais o auxílio emergencial para amparar o lar, e elas precisam pensar qual vai ser o seu próximo passo.
Entrada no Auxílio Emergencial garante novos benefícios?
O natural a se fazer seria aproveitar outros programas do governo que visam ajudar pessoas de baixa renda. No entanto, você sabia que ter feito parte do auxílio emergencial não garante à pessoa inscrição nos outros programas do governo?
O governo afirma que outros programas têm suas próprias regras, e aqueles que querem ser beneficiados devem procurar saber se fazem parte da lista de pessoas que se adequam a elas.
Isso não pegou bem para as pessoas de baixa renda, uma vez que a sensação que essa mensagem deixou é que aqueles que faziam parte do auxílio emergencial, que são os que passam por maiores problemas financeiros, estão sendo deixados de lado sem nenhum tipo de amparo especial do governo, mesmo todos sabendo que a crise financeira não terá uma baixa igual à que a pandemia está tendo.
Muitas das pessoas que perderam seus empregos por conta da crise da pandemia continuam desempregadas e precisando de amparo. Um dos programas mais utilizados pelas pessoas agora é o Auxílio Brasil, que veio para substituir o popular Bolsa Família.
A ideia do programa também é ajudar famílias de baixa renda, com a diferença de que ele atende pessoas que tenham uma renda per capita de até R$ 210 e que estejam cadastrados devidamente no CadÚnico.
Dessa forma, fica claro que o projeto é mais focado em pessoas em situação de extrema pobreza, mas que não necessariamente conversa diretamente com aquelas que recebiam o auxílio, já que a pessoa ainda precisa se enquadrar em certas regras para poder fazer parte do programa.
Mesmo o chamado “Vale-gás” não é um programa que as pessoas que recebem o auxílio podem entrar.
Ele, assim como o Auxílio Brasil, exige que a pessoa que deseja ser beneficiada faça parte do CadÚnico, o que é possível de se conseguir mesmo com a renda per capita mais alta, de, no caso, até 606 reais, equivalente a meio salário mínimo.
Apesar de ser mais amplo, ele também não tem qualquer ligação com o auxílio emergencial, sem pagamento preferencial nem nada do tipo.
Para essas pessoas em situação de emergência, ter que passar por burocracias para poder entrar nos projetos é apenas mais tempo que elas passam sem os recursos necessários para ter dignidade no dia a dia.
A ideia do governo é ter o máximo de pessoas possível cadastrados no CadÚnico, por isso a obrigatoriedade de estar inscrito nele antes.