Muito se discute sobre até que ponto o consumo de adoçantes artificiais pode ser considerado seguro à saúde. Um recente estudo publicado, destacou que o consumo demasiado de adoçantes artificiais pode aumentar as chances do surgimento de câncer.
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A então pesquisa, foi realizada durante 7 anos, em 100 mil franceses, onde foi analisado o conjunto de hábitos alimentares. Após o levantamento de dados, a conclusão da pesquisa definiu que aqueles em que o consumo de adoçante ultrapassou a média, estavam 13% com mais riscos de desenvolver algum tipo de câncer.
Os adoçantes acessulfame-k e aspartame estavam entre os mais relacionados ao desenvolvimento de tumores. Esses aditivos são do tipo sintético e estão presentes em sucos e em vários tipos de alimentos.
Uma revisão de estudos publicados na revista Plos Medicine, traz à luz uma dúvida antiga sobre os reais perigos que o consumo de adoçantes representa para o desenvolvimento do câncer. No entanto, a pesquisa não esclarece a questão, mas, chama a atenção em relação aos hábitos alimentares e de como eram utilizados esses adoçantes, pois, neste caso existe uma relação indireta.
Pontos questionáveis da pesquisa sobre a relação entre adoçante e o câncer
Para a especialista em nutrição em doenças crônicas do Hospital Albert Einstein, a nutricionista Elaine Moreira, o estudo não revela nenhuma conclusão por causa da falta de padrão ao realizar o estudo, já que a população em que se compara a incidência do problema não é capaz de estabelecer uma causa e efeito.
Chama a atenção às diferenças entre os voluntários, como por exemplo, as mulheres do grupo, a maioria faziam uso de adoçantes, mas é sabido que o maior número de casos de câncer são diagnosticados em mulheres.
O grupo era composto em grande maioria por pessoas com excesso de peso, diabéticas e com estilo de vida nada saudáveis. Provavelmente, devido a isso está o fato de que a maioria dos casos de câncer diagnosticados estavam de alguma forma relacionados à obesidade, especialmente o câncer das mamas.
Outro ponto considerado incongruente, é que o grupo que teve o consumo classificado como “acima da média”, consumia 10 vezes mais adoçante que o padrão.
Estilo de vida e moderação é o mais importante
Não existe uma explicação convincente e segura de que o adoçante pode causar algum tipo de tumor. Entretanto, não se pode ignorar os indícios de que o consumo pode desencadear problemas relacionados ao aparelho digestivo.
Por exemplo, refrigerantes e bebidas “light”, ou “diet”, ou com “zero açúcar” podem provocar uma disbiose intestinal, que são alterações na microbiota do intestino, ou seja, nas bactérias boas que são capazes de combater bactérias cancerígenas.
Portanto, o mais indicado é evitar o consumo de tais adoçantes artificiais, podendo consumir opções como stevia e o xilitol, pois são menos danosos à saúde.
