Sem dúvida alguma a conta de luz é uma das maiores despesas que o trabalhador brasileiro tem que pagar para poder sustentar o seu lar. Seja por causa das bandeiras ou outro motivo, dificilmente a conta de luz é bem baixa, e ultimamente vem mais alta do que nunca.
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Por conta disso tudo, o que o brasileiro quer é uma forma de conseguir fechar parcialmente essa torneira que vem dando muitos gastos. Para a sorte dessas pessoas, pode ser que, em um futuro próximo, a conta fique ao menos 15% mais barata.
Isso pode acontecer porque está em tramitação no Congresso o plano de conseguir um desconto que, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, pode chegar à porcentagem de 15%.
Vale lembrar que quando falamos de conta de luz, as pessoas têm uma grande desvantagem em relação às grandes empresas. Isso porque o cidadão comum é obrigado a ter a sua energia vinda de uma distribuidora, que cobra as tarifas próprias, todas reguladas pela Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica, não dando assim chance de escolha alguma ao consumidor.
Agora quando o assunto são as grandes empresas, as coisas mudam. Isso porque as elas podem comprar a energia de forma livre no mercado, podendo negociar o quanto precisam, quando vão pagar e até a fonte de onde essa energia vai vir, fazendo com que elas consigam preços muito melhores do que as pessoas.
Para se ter ideia, essa negociação pode fazer com que as empresas tenham cerca de 27% de desconto em média, e se isso chegasse de alguma forma até as pessoas, somando todas as taxas, impostos e tudo mais, a redução ia chegar a 15%.
Rodrigo Ferreira, presidente executivo da Abraceel, comentou sobre o assunto, deixando claro que a competição é essencial para tornar a conta de energia mais baixa.
– “É a diferença entre a tarifa de energia das distribuidoras, regulada pela Aneel e que reflete basicamente os custos dos leilões, e o preço da energia no mercado livre. A competição e a maior eficiência na contratação e na gestão da energia tornam o preço mais baixo no mercado livre”, afirmou Ferreira.
Vale lembrar ainda que a decisão de diminuir a conta de luz ainda está dividida em dois projetos na Câmara. O primeiro é o Projeto 1917/2015, que inclusive já foi até aprovado em comissão especial no ano de 2012. O segundo é o Projeto 414/2021, que foi feito por Coelho Filho, do União-PE e que inclusive já foi ministro de Minas e Energia.
A ideia é que o mercado tenha sua abertura total em pouco mais de três anos. O texto ainda deve ser analisado melhor no começo do mês de abril, então tudo o que as pessoas podem fazer, por enquanto, é torcer para que ele finalmente saia do papel.