Uma estimativa apresentada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, tendo como referência dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que em 2030, daqui a 8 anos, cada mulher deverá ter em média apenas 1,5 filho no Brasil.
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Os valores são diferentes dos encontrados no começo do século 21, quando a taxa de fecundidade no país era de 2,38 e na da década de 1960, quando ela era ficava acima dos 6. Sendo assim, presume-se que o número casais sem filhos cresça nos próximos anos.
E a essa queda pode ser atribuída em razão da modernização das relações sociais, somada ao aumento da escolaridade das mulheres, bem como sua inserção no mercado de trabalho. Outro ponto a ser considerado tem a ver com a elevação do custo de vida, sobretudo nas grandes cidades, fator que pode inviabilizar uma família com mais filhos.
Cidades do Brasil onde é mais caro criar um filho
Segundo Ricardo Hiraki, sócio-diretor da Plano, fintech de educação financeira, basicamente, é mais caro criar um filho no Brasil em grandes metrópoles.
A cidade que lidera o ranking com custo de vida mais alto é Brasília (DF), seguida por São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Em relação à capital paulista e carioca, a localidade e região dentro das cidades também podem apresentar diferenças no custo de vida.
E um dos gastos que mais influenciam nessa conta está relacionado com a educação, no valor que os pais pagam nas escolas particulares. Em bairros específicos, eles podem ser mais altos – apesar de maioria das crianças brasileiras frequentarem a rede pública de ensino.
Quanto custa ter um filho no Brasil?
Primeiramente, é preciso considerar a renda da família. Aquelas em que o poder aquisitivo é menor, as crianças costumam frequentar escola pública, em razão do orçamento familiar mais restrito.
Para se ter uma ideia, uma família com renda acima de R$ 15 mil, que vive em uma das cidades mais caras do país, por exemplo, acaba destinando entre 20% e 30% do dinheiro para a criação dos filhos. Os gastos incluem escola, convênio médico, atividades extracurriculares e demais serviços.
Nesse cenário, o custo mensal pode chegar a R$ 3 mil, no caso de famílias de classe média, com um investimento do filho desde o nascimento até os 18 anos ficando acima dos R$ 650 mil. No caso de famílias com rendimento mais baixo, o custo total é menor, porém o peso no orçamento é proporcionalmente mais alto em comparação à núcleos familiares com remunerações mais elevadas.