O Pix é um sistema de pagamentos que revolucionou a maneira de fazer transferências de recursos no Brasil. Agora, o Banco Central autorizou que as instituições bancárias ofereçam aos clientes a ação de parcelamento no Pix, reduzindo a dependência do cartão de crédito.
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Especialistas têm elogiado a novidade por acreditarem que ela facilita o pagamento de compras e diminui o uso do cartão, umas das modalidades de crédito com as taxas de juros mais altas. Com isso, a expectativa é o fortalecimento das relações entre clientes e bancos.
Ainda citando os pontos positivos da modalidade, o consumidor tem a opção de dividir a transação em até 12 ou 24 vezes. Esse tipo de serviço já é oferecido pelo Mercado Pago, fintech do Mercado Livre, e pelo Santander.
No Mercado Pago, as taxas de juros saem a partir de 2,5% ao mês, enquanto no Santander elas partem de 2,9%. O valor é bastante competitivo em relação aos juros do cartão de crédito, que para parcelamento custam a partir de 6,35% ao mês.
Migração e cuidados
Para o coordenador do MBA em Finanças do Ibmec-RJ, Gustavo Moreira, o parcelamento no Pix pode gerar uma migração dos consumidores que usam o cartão para essa nova ferramenta. Mas mesmo com taxas mais baratas, é importante ficar atento ao problema do endividamento.
“O ideal é sempre pagar à vista porque não tem juros. Se não for possível, ver qual é o modelo de crédito que tem o menor juros embutido”, diz o especialista.
Moreira lembra que, embora sejam realizadas via Pix, essas transações também consolidam dívidas. O formato é novo, mas as dicas são as mesmas para o uso do cartão de crédito: dividir no menor número de parcelas possível e em condições que caibam no orçamento.
