Novo salário mínimo de R$ 1.310,17: Quando vou começar a receber?

Com reajuste, governo propõe apenas a reposição do poder de compra perdido pelo trabalhador com a alta dos preços, sem ganhos acima da inflação.



Uma mudança no valor do salário mínimo foi divulgada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia. A previsão é de um aumento de R$ 98,17, fazendo com o que o piso suba dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.310,17.

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Para chegar nessa projeção, foi utilizada a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Ela se baseia na correção anual do salário mínimo pelo governo, que elevou a estimativa do INPC deste ano de 6,7% para 8,1%.

Reajuste do salário mínimo

Caso as estimativas se confirmem, e nenhuma mudança no cálculo seja feita, o salário mínimo receberá um reajuste maior do que o previsto anteriormente na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO).

O documento foi encaminhado ao Congresso Nacional em abril. Na época, o governo sugeriu um salário mínimo de R$ 1.294. O que não condiz mais com o cenário econômico atual de preços.

Ou seja, se a inflação verificada no acumulado deste ano for diferente das previsões oficiais, será preciso rever o valor do piso nacional. Lembrando que a Constituição Federal determina que a correção do salário mínimo todos os anos não pode ser inferior à inflação.

Mas, afinal, quando vou começar a receber o aumento?

A projeção que traz o salário mínimo no valor de R$ 1.310,17 está prevista para vigorar a partir de janeiro de 2023. A atualização no piso é feita todo começo de ano, como dito, com base na inflação do ano anterior.

Se o valor atualizado for mantido, o governo manterá a sistemática aplicada nos últimos anos, que não concede aumento real ao salário mínimo, neste caso, acima da inflação. Ele apenas repõe o poder de compra perdido pelo trabalhador com a alta dos preços.

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), hoje em dia, o salário mínimo é usado como referência para 56,7 milhões de brasileiros. Desse total, 24,2 milhões são beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).




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