As criptomoedas (Bitcoin, Ether, XRP, dentre outras) são consideradas a versão “digital” do dinheiro. Elas ganharam bastante popularidade nos últimos anos e estão cada vez mais presentes na vida dos brasileiros.
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Dados do site Coinmap, encarregado de monitorar criptomoedas no mundo, mostram que cerca de 940 estabelecimentos no Brasil já aceitam as moedas virtuais como forma de pagamento. Só em São Paulo, por exemplo, são mais de 300 lugares. E isso só tende a crescer.
Segundo Lucas Cardeal, especialista em criptoeconomia e CEO da empresa de tecnologia blockchain Lunes, o uso de criptoativos nas transações do mercado financeiro ainda são mais fortes no setor dos investimentos. Por outro lado, é latente a grande aceitação das criptomoedas pelo segmento do comércio.
Para o especialista, isso impulsiona a descentralização da forma de utilizar o dinheiro, de modo que os chamados “bancões” também passem enfrentar uma concorrência mercadológica. O que prejudica esse crescimento do uso de criptoativos no comércio, contudo, são as oscilações das cotações.
Futuro das criptomoedas
Com a popularidade das criptomoedas em alta, é possível que no futuro seja possível ver etiquetas de preços de produtos com valores em criptomoedas. Para se ter uma ideia da força das moedas virtuais, atualmente, em todo o mundo, existem mais de 29.300 estabelecimentos que fazem negociações usando esses criptoativos.
Outra vantagem em utilizar as moedas está na descentralização de patrimônios, que de certa forma traz uma maior segurança financeira. É o que explica Cardeal:
“Como as criptomoedas não se centralizam em um órgão regulador, as pessoas não correm o risco de ficar sem acesso a elas em algum momento. Recentemente, por causa da greve do Banco Central, surgiu a preocupação de que o PIX pudesse ser interditado parcialmente e isso certamente causa algum receio na população. Com os criptoativos, isso não acontece.”
As criptomoedas também, vale destacar, não são submetidas às leis de nenhum país, funcionando assim como uma espécie de “dinheiro sem fronteiras”. Ou seja, elas não são exclusivas em razão da divisão territorial e permitem que pessoas de qualquer lugar do mundo façam negociações e transações de forma segura.