O Banco Central (BC) segue desenvolvendo o projeto do real digital, que nada mais é do que a versão digital do real. A ideia, que vem sendo discutida desde de 2015, terá sua primeira fase de testes em 2023. Contudo, ao que tudo indica, o órgão poderá ter total controle sobre o dinheiro da população na moeda virtual.
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É o que traz um artigo publicado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, sigla em inglês). Nele, o coordenador do real digital, Fábio Araujo, revela que o BC poderá criar travas de saque para evitar as corridas bancárias, além de adiar ou congelar o resgate do dinheiro.
Medidas que podem “travar” o saque do real digital
A proposta em estudo diz que será necessário um agendamento prévio ou a proposição de um limite diário para que depósitos em bancos sejam transformados no real digital. Basicamente, o intuito é utilizar os mesmo dispositivos aplicados hoje e que limitam os saques em espécie nos terminais de autoatendimento e nos guichês de bancos.
Outra medida que está sendo analisada envolve o uso do chamado “circuit breaker”. A ação interrompe com as operações de saque de uma determinada instituição que estiver passando por uma onda massiva de retiradas.
Essas diretrizes acerca dos saque foram detalhadas no BIS. Ele também mostra que a moeda digital do BC possui vantagem financeira em comparação ao dinheiro eletrônico de outros bancos, pois não possui riscos operacionais ou de crédito.
Isso acontece porque, em tese, o BC nunca deixará de honrar com sua moeda digital. O motivo? O órgão detém o monopólio para produzi-la livremente, enquanto os bancos correm o risco de falir.