A previsão de falta de diesel no segundo semestre desse ano tem preocupado o Governo Federal, segundo o anúncio foi feito pelo Conselho de Administração da Petrobras. Diante de um cenário nada favorável, o governo quer criar o bolsa caminhoneiro. Uma saída que, no máximo, deve apenas adiar a crise dos combustíveis.
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A cobrança de redução do preço do diesel é antiga. Em 2018, por exemplo, os caminhoneiros fizeram uma greve para reivindicar a queda no litro, mas até hoje esse alívio no bolso não chegou. Será que o bolsa caminhoneiro pode mesmo ajudar a resolver o problema?
Bolsa caminhoneiro
A categoria já anunciou a possibilidade de começar uma grande paralisação ainda nesse ano, uma situação que o Governo Federal tentará evitar a todo custo, principalmente por causa das eleições presidenciais que estão quase aí e da tentativa de reeleição do Presidente Jair Bolsonaro.
O projeto de criação do bolsa caminhoneiro foi aprovado pelo Ministério da Economia. A equipe econômica acredita que as parcelas de R$ 400 custarão menos para o governo do que os efeitos provocados por uma nova greve dos caminhoneiros. A previsão inicial é que o vale para a categoria tenha um custo de R$ 1,5 bilhão.
Conforme a proposta afirma, cada profissional pode receber R$ 400 de vale-combustível por mês. Na visão da oposição, o que o governo quer é apenas melhorar o relacionamento com a categoria e evitar uma greve em ano de eleição presidencial.
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), diz que boa parte dos estados registraram aumento no litro do diesel. No Paraná, por exemplo, o preço subiu quase 40% de janeiro até maio.
A proposta de criação do bolsa caminhoneiro depende de aprovação do Congresso, mas o governo pretende publicar uma Medida Provisória (MP) autorizando os pagamentos. Um levantamento do Governo Federal estima que pelo menos 800 mil profissionais podem receber o benefício que será pago em 12 parcelas.