No último domingo (26), o presidente da república, Jair Bolsonaro, decidiu não dar mais o aumento de salário para policiais federais. A medida iria gerar um gasto de R$ 1,7 bilhão no orçamento público. Além disso, o presidente revelou receio de que outros servidores paralisem as atividades e comprometam o funcionamento do país.
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“Houve uma ideia inicial de separar R$ 1,7 bilhão para PF, PRF e o pessoal dos estabelecimentos prisionais. Quando começamos a estudar isso aí, outras categorias não aceitaram, queriam também e entraram em greve servidores estratégicos, que parariam o Brasil. Então lamentavelmente foi suspensa essa possibilidade de reajustar para esses servidores porque o Brasil ia parar”, afirmou na noite deste domingo.
Bolsonaro afirma que conseguiu preservar mesmo sem ter aumento de salário
O presidente disse que existe uma pressão para reajuste salarial, sobretudo por conta da pandemia. No entanto, ele lembrou que as políticas ajudaram a manter os salários sem mais outros cortes, mesmo durante a pandemia. No entanto, os trabalhadores da iniciativa privada vivenciaram a realidade de diminuição temporária de salários, por exemplo.
Reajuste no auxílio-alimentação volta a entrar em pauta
Em contrapartida, Bolsonaro voltou a sugerir o aumento do auxílio-alimentação para 2022 em várias carreiras federais. Assim, essa diferença poderia suprir a necessidade de aumento de salário, já que o benefício conseguiria repor uma parte desse reajuste.
O presidente falou que a discussão sobre o tema está na reta final. No entanto, existem várias resistências para a proposta, o que pode inviabilizar o projeto e os planos de Bolsonaro.
Alguns especialistas acreditam que as palavras servem para dar mais popularidade à época eleitoral, como ocorreu em 2022. Vale destacar que o governo está elaborando um “pacote de bondades” para tentar passar emergencialmente no Poder Legislativo. No entanto, todos os benefícios e gratuidades teriam um fim previsto para dezembro deste ano (2022).