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Caixa pode restringir crédito imobiliário em caso de dívida antiga e já quitada

Consumidora descobriu que estava em uma "lista suja" da estatal mesmo tendo quitado um débito antigo de cartão. Entenda o caso.



A Caixa Econômica Federal pode impedir o financiamento de crédito para quem tinha uma dívida antiga junto à instituição, mesmo o solicitante já tendo quitado o débito em atraso. Foi o que aconteceu com a jornalista Manuela Souza, de 41 anos, que teve o serviço negado ao tentar financiar uma apartamento.

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A profissional descobriu que estava inserida em uma “lista suja” da estatal, mesmo tendo quitado um débito antigo em um feirão de renegociação. Manuela relata que teve um cartão do banco há mais de dez anos e que recebeu uma ligação de um funcionário da Caixa a respeito de uma dívida vinculada a essa ferramenta.

Na ocasião, a jornalista recorreu ao feirão Você no Azul – promovido pela Caixa para a renegociação de débitos em atraso – e quitou o boleto referente à dívida de R$ 300. Apesar do pagamento, e de não ter o nome restrito em órgãos de proteção, Manuela teve o pedido de financiamento negado pelo banco recentemente.

“Eu não tinha nenhuma restrição no meu nome, nunca tive problema para ter crédito. Fui a uma agência, e a atendente reafirmou que, por conta da perda financeira que causei ao banco, a inconsistência permaneceria no meu nome, e eu não poderia nunca mais ter acesso a crédito na instituição”, explica a profissional.

Nome limpo após dívida quitada

Hoje em dia, como explica Fabio Pasin, advogado e pesquisador do programa de serviços financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), assim que o consumidor quita uma dúvida, a instituição credora tem até cinco dias úteis para anular a negativação do CPF. Se isso não acontecer, a prática é considerada crime.

Mas o profissional também lembra que, mesmo estando com o nome limpo, o consumidor ainda pode enfrentar problemas com a concessão de crédito. Isso se dá pelo score de crédito da Serasa, que funciona como um termômetro que mede a capacidade de pagamento do consumidor. Quando a pontuação está baixa, o acesso a serviços financeiros fica limitado.

O que diz a Caixa

Após o caso da jornalista se tornar público, a Caixa emitiu uma nota dizendo que entrou em contato com a cliente e que já “prestou os esclarecimentos necessários”. No entanto, em razão do sigilo bancário, mais informações não poderiam ser divulgadas. A estatal reforçou ainda que a recusa em pedidos de empréstimos ou financiamentos não impedem a contratação de crédito no futuro.

Sobre o caso, o Banco Central (BC) declarou que, nessas situações, a recomendação é que o consumidor abra uma reclamação junto ao Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da instituição financeira encarregada pelo crédito. Outra dica é entrar em contato com a Ouvidoria do BC. O órgão dá até dez dias úteis para que as empresas respondam às notificações.




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