Câmara aprova uso de mesmo imóvel como garantia em mais de um crédito

O projeto permite que um mesmo imóvel seja usado como garantia em mais de um empréstimo. A ideia é aumentar a oferta e melhorar as condições de crédito.



A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que permite que um mesmo imóvel seja usado como garantia em mais de um empréstimo. O texto foi aprovado por 260 votos a favor, mas contou 111 que foram contra. Agora ele segue para o Senado. Esse projeto pode aumentar a oferta e melhorar as condições de crédito.

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Na visão do Governo Federal, esse tipo de proposta pode muito bem reduzir os juros, mas a oposição acredita que a medida pode trazer mais riscos para as famílias inadimplentes.

Imóvel como garantia em empréstimos

O texto foi criado por Marco das Garantias. O seu projeto também visa a criação de um serviço de gestão especializada de garantias, a cargo de uma Instituição Gestora de Garantias (IGGs).

Ao justificar a sua proposta, o Ministério da Economia disse que o uso do imóvel como garantia em mais de um empréstimo pode facilitar o acesso aos interessados, assim como permitir que os juros sejam menores.

É por isso que ele apresenta algumas mudanças na lei atual, por exemplo, o imóvel residencial de uso da família poderá ser penhorado ao ser usado como garantia.

Se um bem avaliado em R$ 1 milhão atualmente pode ser usado como garantia para um crédito de R$ 100 mil, os outros R$ 900 mil não podem ser usado em outra operação de crédito. É isso que ele deseja que seja revisto. O texto sugere que o mesmo imóvel seja aproveitado em mais de um empréstimo.

Na visão da oposição, esse mesmo projeto que – a princípio – parece atrativo, esconde um grande risco, pois a IGG poderá confiscar o imóvel da família que ficar inadimplente, mesmo se essa inadimplência for de apenas uma dívida.

Outras importantes alterações entram no projeto de lei do Executivo, como é o caso do fim do monopólio da Caixa nas operações de penhor civil. Essa medida poderá ampliar o acesso ao crédito com opções mais baratas ao cidadão, além do aumento no limite de uso dos recursos da poupança em operações de financiamento de imóveis.




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