A ciência já comprovou que os alimentos podem interferir diretamente na composição genética do organismo. Dessa maneira, alguns nutrientes começam a surgir como responsáveis por problemas ou por benefícios à saúde de vários órgãos.
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É o caso da metionina, um aminoácido que pode influenciar no acúmulo de gordura no fígado. Isso é o que evidenciou um estudo publicado na revista Food and Chemical Toxicology.
Experimentos mostraram a interferência no fígado
Para conseguir entender a influência da metionina no fígado, os pesquisadores estudaram o nutriente em camundongos de laboratório. Uma parte dos roedores se alimentou de comidas sem o ingrediente, enquanto os outros ingeriram o aminoácido normalmente. Depois disso, os estudiosos analisaram as células hepáticas em análises moleculares.
A pesquisa é de origem brasileira e foi desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa em Nutrigenômica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP). A investigação também conta com amparo do National Center for Toxicological Research, nos Estados Unidos.
Os resultados mostraram que a ausência ou a suplementação de metionina podem influenciar na esteatose hepática. Esse é o nome do acúmulo de gordura no fígado sem que haja uma causa alcoólica, por exemplo.
Deficiência de nutrientes provoca alteração hepática
De acordo com os dados divulgados dentro da pesquisa, a deficiência da substância é a responsável pelas alterações hepáticas observadas. Os cientistas disseram que os efeitos já eram observados, mas faltava entender como eles ocorriam.
“Vimos que dietas com concentrações inadequadas de metionina, especialmente aquelas deficientes, podem envolver a desregulação de vários microRNAs que desempenham papel significativo na homeostase hepática”, explicou Lusânia Maria Greggi Antunes em uma matéria divulgada pela revista Veja.
A partir das descobertas, será possível indicar modificações alimentares que possam contribuir para a saúde de cada indivíduo. No caso dos problemas hepáticos, os cientistas já começam a ter bons indícios de quais nutrientes devem ser incentivados e quais precisam ser desestimulados.