Após reunião de quase três horas nesta quinta-feira, 16, o conselho de administração da Petrobras informou que vai anunciar hoje o novo reajuste no preço dos combustíveis, como diesel e gasolina. A alteração nas bombas ocorrerá a partir da próxima semana.
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Mesmo não tendo sido informado o valor da correção pelo conselho, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem no preço dos combustíveis, atualmente, em comparação aos valores internacionais, é de 18% no caso da gasolina, e de 14% em relação ao diesel.
Hoje em dia, a Petrobras utiliza como base para os reajustes a política do Preço de Paridade Internacional (PPI), implementada em 2016 durante o governo de Michel Temer. Com ela, o índice para o cálculo nos preços dos combustíveis leva em consideração os custos de importação, como transporte e taxas portuárias, valor do dólar (câmbio), além do preço do petróleo no mercado internacional.
Projetos para segurar os aumentos dos combustíveis
A inflação, puxada pelos aumentos nos combustíveis, acabou se tornando uma das principais ameaças à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo este um dos motivos que tem levado o mandatário a tentar conter a alta nos preços da gasolina e do diesel.
Durante sua live semanal, realizada nesta quinta-feira, 16, Bolsonaro voltou a afirmar que vai reduzir os impostos PIS, Cofins e CIDE, que são cobrados sobre os combustíveis. Segundo o mandatário, a redução representará uma queda nos preços em torno de R$ 2, para a gasolina, e de R$ 1, em se tratando do diesel.
O presidente ainda criticou a atitude da Petrobras em reajustar os preços em meio à votação de projetos que propõem a redução dos produtos. “Quanto mais o povo está sofrendo, mais felizes estão os diretores e o atual presidente da Petrobras”, completou Bolsonaro.