Muitos brasileiros que dependem de benefícios sociais como o Auxílio Brasil preferem não trabalhar em um emprego formal. Como a situação econômica do país está complicada, o maior medo dessas pessoas é perder o benefício e acabar ficando desempregadas logo depois.
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O que muitos não sabem é que as normas do programa beneficiam o cidadão nessa situação. A chamada regra de emancipação determina que a família pode continuar recebendo as parcelas por mais dois anos, mesmo que algum membro tenha conseguido um trabalho com carteira assinada.
Para isso, é necessário respeitar uma única exigência: a renda mensal familiar não pode ultrapassar o limite de R$ 525 por pessoa. Ou seja: a soma dos ganhos mensais de todos os membros dividida pelo número de integrantes da família não pode superar esse valor.
Atualmente, o Auxílio Brasil é pago a unidades familiares inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda de até R$ 210 per capita.
Regra de emancipação: exemplos
Para ilustrar melhor como funciona essa regra, veja a seguir três casos diferentes:
Caso 1: um beneficiário consegue emprego e eleva a per capita mensal para R$ 200. Ele ainda está dentro do limite permitindo (R$ 210), então continuará recebendo e acumulando o benefício social com seu salário.
Caso 2: um beneficiário consegue emprego e eleva a per capita mensal para R$ 300. Nesse exemplo, a família entra na regra de emancipação, já que está acima do limite permitido pelo programa (R$ 210), mas abaixo do teto estabelecido para se quadrar na regra (R$ 525).
Caso 3: um beneficiário consegue emprego e eleva a per capita mensal para R$ 530. A família deixará de fazer parte do Auxílio Brasil, uma vez que renda familiar por pessoa ultrapassa o limite permitido para se enquadrar na regra de emancipação.