O reajuste anual do salário mínimo é necessário para que o poder de compra das famílias brasileiras se mantenha no mesmo nível. Por isso, ele precisa ser feito com base na inflação acumulada no ano anterior, medida pelo NPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
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O governo federal é obrigado a realizar a mudança no início de cada prendo, e em geral o novo valor começa a valer a partir de janeiro. Ao longo dos meses de um ano, são divulgadas previsões de quanto será esse aumento no ano seguinte.
No último Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviado ao Congresso Nacional, consta a expectativa atual para o piso nacional de 2023. O texto prevê alta de 8,1%, que levaria a uma correção de R$ 98,17 em relação ao patamar atual (R4 1.212).
Se o percentual se confirmar, o salário mínimo deve chegar a R$ 1.310,17 no ano que vem. Vale lembrar que essa é apenas uma previsão, e novos cálculos devem ser realizados até o fim de 2022, o que levará a novas alterações no valor.
Aumento real
Desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro, o mínimo não tem aumento real. Isso significa que o reajuste é suficiente apenas para cobrir a inflação, mas não aumenta o poder de compra do trabalhador.
Antes, até 2019, a correção considerava o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores e a inflação oficial do ano anterior. Na época, os piso nacional dos brasileiros de fato tinha aumento.
O Ministério da Economia calcula que cada R$ 1 de alta custa cerca de R$ 389,8 milhões aos cofres públicos. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 56,7 milhões de brasileiros, sendo 24,2 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
