A média de tempo de uso de um celular no Brasil é de 2 anos e 3 meses. Depois desse tempo, os usuários costumam trocar de aparelho. É um período bem menos, se imaginarmos que nos Estados Unidos da América (EUA), os consumidores passam 3,32 anos com o mesmo dispositivo. Os dados foram divulgados pela empresa Hyle Mobile, especializada em troca de aparelhos smartphones no país norte-americano e também pertencem à pesquisa feita pela Mobile Time/Opinion Box.
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Seja por qual tempo for, a verdade é que todos os celulares sofrem a depreciação do tempo e se tornam obsoletos. O problema é que nem sempre isso acontece de modo “natural”. Pode ser que o seu celular tenha se tornado ineficaz propositalmente.
Celular no fim da vida; entenda a “obsolescência programada”
Quem tem um celular antigo deve ter notado que os aplicativos simplesmente param de funcionar em algum momento. Além disso, o sistema operacional deixa de receber atualizações e o aparelho começa a travar. Tudo isso pode se encaixar dentro do termo “obsolescência programada”.
Esse conceito foi criado em 1929, nos EUA, diante de uma crise econômica. O objetivo era criar uma solução para a retomada do crescimento econômico no país. A ideia era a de induzir os consumidores a comprarem novos produtos a partir da depreciação planejada dos antigos.
Isso ocorre de 3 maneiras:
- Subjetiva: quando o consumidor quer um aparelho moderno e mais tecnológico do que o seu, por questões de status;
- Objetiva: quando o aparelho simplesmente para de funcionar ou se torna inviável;
- Econômica: ocorre quando o conserto do celular antigo fica mais caro do que comprar um novo.
Prática é considerada abusiva
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) considera a estratégia como uma ação abusiva por parte das empresas. Contudo, isso não impede que ela seja aplicada.
Existem diversos indícios de que os celulares sofrem com a obsolescência programada. Inclusive, alguns desenvolvedores chegaram a denunciar atualizações de sistemas operacionais que faziam celulares antigos perderem eficiência.
Por isso, se o seu aparelho deixou de receber atualizações ou demonstra sinais claros de incompatibilidade com aplicativos, saiba que talvez ele esteja sendo “levado para a morte”.