O governo federal está negociando com a Petrobras uma possível redução nos preços dos combustíveis, afim fontes da equipe de Jair Bolsonaro. A medida, que atinge especialmente a gasolina, é analisada poucas semanas após a entrada de Caio Mário Paes de Andrade na presidência da estatal.
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A diretoria da Petrobras tem autonomia para decidir sobre reajustes nos preços, mas o governo costuma discutir o tema com frequência. A União é a maior acionista da companhia, já que detém mais de 50% de suas ações ordinárias.
No entanto, o presidente Jair Bolsonaro se recusa a interferir em sua política de preços. Uma prova disso foi a tentativa frustrada de segurar o aumento implementado em junho.
Petróleo mais barato
O grande motivo para aumento nas pressões por uma redução é a forte queda no valor do barril de petróleo registrada nos últimos dias. Esse é um dos parâmetros utilizados pela Petrobras para definir suas cotações.
Segundo a Associação de Importadores de Combustíveis (Abicom), o litro da gasolina pode ficar até R$ 0,31 mais barato com o retorno à paridade internacional. Em média, os valores praticados pela estatal estão cerca de 8% mais altos do que no exterior.
Técnicos da companhia argumentam que esse tipo de decisão sobre reajustes só ocorre após a diferença entre os mercados interno e externo ser consolidada. Enquanto isso, parte do governo e do Congresso Nacional exige mudanças na estrutura da estatal.
Reajuste
O banco suíço UBS afirmou em relatório a clientes divulgado na semana passada que, caso a tendência de queda do barril de petróleo permaneça, a Petrobras poderá diminuir os preços dos combustíveis no Brasil.
“Se os preços (do petróleo) permanecerem nessa tendência, acreditamos que a Petrobras poderá reduzir os preços em breve”, dizem os analistas.