Os caminhoneiros são alguns dos profissionais mais afetados pela alta nos preços dos combustíveis no Brasil. Na tentativa de não perder o apoio da categoria, que tem sido sua aliada desde a eleição, o presidente Jair Bolsonaro vem estudando medidas para reduzir os impactos desse aumento sobre o grupo.
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Uma proposta que ganhou bastante força entre os membros do governo é a criação do auxílio-caminhoneiro. A ideia é pagar parcelas mensais de R$ 1 mil para cerca de 900 mil profissionais do setor.
Embora ainda esteja em discussão, já existem algum consenso no Planalto sobre alguns detalhes sobre a proposta. Além do número de atendidos, o auxílio deve cai na conta dos beneficiários durante o prazo de seis meses, compreendido entre julho e dezembro de 2022.
Quem terá direito?
Conforme mencionado, ainda existem muitos pontos a serem discutidos pelo governo, a exemplo da forma de seleção dos aprovados. Uma das possibilidade levantadas é a utilização de dados do Registro Nacional dos Transportes Rodoviários de Cargas, gerenciados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O grande problema é que essas informações estão desatualizadas desde 2017, o que dificulta bastante a identificação dos profissionais com direito ao auxílio-caminhoneiro.
Pacote de bondades
O governo calcula que o gasto total com a medida deve ficar na casa dos R$ 5,4 bilhões. Contudo, ela faz parte de um “pacote de bondades” de mais de R$ 30 bilhões, que também prevê o aumento do vale-gás e do Auxílio Brasil.
O plano é aumentar o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 até o fim de 2022. No caso do vale-gás, a proposta é mais que dobrar a quantia, já que o benefício passaria de R$ 53 para R$ 120 a cada dois meses.