Passamos apenas da metade do ano de 2022, mas as discussões a respeito do salário mínimo 2023 seguem acontecendo no Congresso Nacional. Segundo o governo federal, as previsões a respeito da próxima atualização do piso nacional seguirão os índices alcançados pela inflação.
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O reajuste no valor do salário mínimo para 2023 respeitará os avanços dos aumentos de preços no país. Para isso, o cálculo do aumento é baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Só depois de identificar a inflação dos últimos 12 meses é que o governo vai definir o novo piso nacional. Essa aplicação, ou seja, a mudança no valor do piso, é feita a partir do dia 1º de janeiro de cada ano, neste caso, 2023.
Aumento pode desagradar os trabalhadores
Após a aprovação da projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional, o novo valor do salário mínimo pode desagradar os brasileiros. Isso porque o reajuste previsto é de apenas R$ 82, com a subida do salário dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.294.
Por outro lado, conforme dados divulgados pelo IBGE, o INPC atualmente já acumula uma alta de 5,61%, com possibilidade de chegar a 8,1%. Se atingir esse patamar, a previsão é que o salário mínimo chegue no valor de R$ 1.310,17, um acréscimo de R$ 98,17.
Apesar da iniciativa, o aumento ainda é tido como muito baixo, sem ganhos reais para os trabalhadores brasileiros e para quem recebe benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Uma recente pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ressalta que, para viver dignamente no Brasil, o salário mínimo para uma família de quatro pessoas deveria ser cinco vezes maior que o valor atual. O que não acontece no momento atual.
