Tentando combater essa alta dos preços da gasolina, além de aproveitar o impacto que os possíveis resultados podem ter em pleno ano eleitoral, o Senado Federal aprovou durante essa semana o projeto de lei que tem como objetivo fixar um teto sobre o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
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E mas mais do que fazer isso, o governo quer de verdade zerar os impostos federais e estaduais sobre a gasolina e o diesel. Claro, a intenção é que isso aconteça antes das eleições. Se isso realmente vier a se concretizar, a gasolina pode cair cerca de R$ 2,44 enquanto o diesel pode cair R$ 0,82.
Com isso acontecendo, o governo gostaria que essa queda fosse sentida diretamente no bolso das pessoas em vez de que isso apenas acabe se tornando uma margem de lucro para os distribuidores.
Quem está abastecendo o carro hoje já pode notar que preço médio do litro anda em R$ 7,21, mas esse número pode variar até para mais. Isso depende muito do seu estado. Com os impostos reduzidos, o valor cairia para R$ 4,77. Já o diesel, que está a R$ 7,01, provavelmente cairia para R$ 6,19.
Dessa forma, se colocarmos na ponta do lápis, a redução seria de 33,8% para a gasolina e de 11,7% para o diesel. No entanto não adianta se empolgar muito com isso, já que essas medidas são provisórias e só vão ficar em vigor até o final do ano. Pois é como já mencionamos… estamos em ano eleitoral.
Também vale ressaltar que, logo que o ano chegar ao fim, a Petrobras irá fazer novos reajustes. Eles podem acabar levando embora qualquer vantagem que a retirada dos impostos possa trazer.
E é muito provável que os preços voltem a subir, sim, principalmente levando em consideração que atualmente a estatal está em defasagem de 17% com o preço do petróleo e 18% com a cotação do dólar. Então quem puder encher o tanque quando os impostos zerarem, deve mesmo aproveitar.
A própria Petrobras já afirmou que é responsável por 38,9% do preço atual do litro da gasolina e de 63,2% do preço do diesel. O resto dos valores vem diretamente dos impostos. Isso, é claro, sem contar os custos que estão ligados ao biodiesel, ao etanol anidro e também à distribuição e revenda.
É importante lembrar que o preço dos impostos como o ICMS pode variar de um estado para o outro. O Rio de Janeiro tem um ICMS considerado alto, pois está em 34% enquanto que o Maranhão mostra um mais baixo, já que está de 29%. Minas fica no meio com cerca de 31%.