Na última terça-feira, 12, o euro e dólar atingiram a paridade pela primeira vez em 20 anos. A última ocasião em que as duas moedas valeram a mesma coisa foi no ano começou a circular a europeia começou a circular, em 2022.
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Voltando ao Brasil, a próxima rodada de pagamento do Auxílio Brasil começa na próxima segunda-feira e não deve incluir o aumento de R$ 200 previsto na PEC Kamikaze. A demora na aprovação do texto também deve adiar a entrada prevista de 2 milhões de famílias na folha de pagamento.
Nos destaques desta quarta-feira, 13, veja também os detalhes sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 aprovada pela Congresso sem as emendas do chamado “orçamento secreto”.
Euro e dólar se equiparam
O euro e o dólar atingiram a paridade pela primeira vez em vinte anos na última terça-feira, 12. Essa é a primeira vez que eles alcançam o mesmo valor desde o lançamento da moeda europeia, em 2002.
A desvalorização do euro em relação ao dólar é um movimento estimulado pelos temores de recessão na Europa, ocasionados por uma possível crise de energia. Outro fator que contribui com a tendência é a valorização da moeda norteamericana impulsionada pelas expectativas de novo aumento nas taxas de juros do país.
Em meio a temor de uma crise energética na União Europeia, os investidores estão dando preferência ao dólar. Ontem, a divisa dos Estados Unidos chegou a ser vendida por um euro.
“Não parece haver muito apoio ao euro neste momento. Não se refere apenas aos preços do gás, mas ao que parece ser uma divisão dentro do BCE sobre até que ponto eles devem aumentar as taxas”, disse a economista sênior Sarah Hewin, do Standard Chartered.
‘Orçamento secreto” fica de fora da LDO aprovada no Congresso
O Congresso Nacional aprovou ontem o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, com orientações para a elaboração do Orçamento do próximo ano. O texto vai à sanção presidencial.
O documento não inclui o chamado “orçamento secreto”, apelidado desta maneira por conta das emendas que dificultam a identificação do parlamentar que indicou a destinação da verba. Contudo, ele eleva o poder da Câmara para indicar esse tipo de emenda.
A versão aprovada divide as indicações das emendas de relator entre presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e o relator-geral do Orçamento. Até então, apenas o relator-geral assinava os trechos.
As regras do Congresso preveem revezamento anual da relatoria do Orçamento entre um deputado e um senador. O mesmo vale para a presidência da CMO.
Nos bastidores, parlamentares e técnicos do Congresso acreditam que essa é uma forma de assegurar a influência da Câmara dos Deputados sobre esse tipo de emenda. A proposta do Orçamento 2023 deve ser enviada pelo governo ao Congresso até 31 de agosto.
Auxílio Brasil cai na próxima semana sem reajuste
Cerca de 18 milhões de famílias em situação de extrema pobreza e pobreza devem receber a parcela de julho do Auxílio Brasil. Apesar das expectativas, o aumento no valor do benefício deve ficar para o próximo mês.
A PEC Kamikaze, que eleva o pagamento para R$ 600 por família, ainda depende da aprovação da Câmara dos Deputados. O objetivo do governo era iniciar os pagamentos turbinados neste mês, mas a votação não ocorreu na velocidade esperada pelos membros do Planalto.
Por esse motivo, os beneficiários devem receber parcelas mínimas de R$ 400 a partir do próximo dia 18. O calendário vai até 29 de julho, de acordo com o final do Número de Inscrição Social (NIS) do aprovado.
Confira o calendário do Auxílio Brasil:
- NIS final 1: recebem dia 18 de julho;
- NIS final 2: recebem dia 19 de julho;
- NIS final 3: recebem dia 20 de julho;
- NIS final 4: recebem dia 21 de julho;
- NIS final 5: recebem dia 22 de julho;
- NIS final 6: recebem dia 25 de julho;
- NIS final 7: recebem dia 26 de julho;
- NIS final 8: recebem dia 27 de julho;
- NIS final 9: recebem dia 28 de julho;
- NIS final 0: recebem dia 29 de julho.
Mais 2 milhões de famílias no Auxílio Brasil
O governo federal quer adicionar até 2 milhões de famílias no Auxílio Brasil em agosto. O número é suficiente para zerar a fila de espera pelo benefício, segundo dados do Ministério da Cidadania.
A inclusão em massa será possível com a aprovação da PEC Kamikaze, que libera R$ 26 bilhões para custear uma aumento no valor do benefício até dezembro. O texto foi aprovado no Senado e agora depende do aval da Câmara.
Apesar da expectativa, o documento não prevê um orçamento específico para a entrada de novas famílias, apenas para elevar a quantia paga. Contudo, técnicos do Planalto trabalham com a possibilidade de utilizar os recursos nessas duas frentes.
De acordo com dados da pasta da Cidadania, o número de pessoas aguardando a aprovação para o Auxílio Brasil chegou a 1,5 milhão até o fim de julho. A estimativa é de que ele alcance 2 milhões em breve.
A PEC em discussão no Congresso também eleva o vale-gás para 100% do preço médio nacional do botijão de gás, além de criar um voucher para caminhoneiros e um auxílio para taxistas.