Muitas pessoas acabaram decepcionadas quando ouviram falar que o salário mínimo seria reajustado para R$ 1.294 no início do ano que vem. A grande maioria achou esse valor muito baixo, principalmente porque ele não vai conseguir dar conta de bater de frente com a inflação.
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Em outras palavras, mesmo com esse aumento no valor, o brasileiro continuará a perder o seu poder de compra.
O valor foi estabelecido durante a reunião do Congresso Nacional onde a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi aprovada. No entanto as chances é de que as coisas continuem mudando de direção até que o próximo ano chegue.
E justamente por causa da inflação, é possível que o valor final do salário mínimo acabe mudando outra vez.
O Ministério da Economia divulgou recentemente uma nova estimativa sobre a inflação, que levou em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve uma alta e foi para 7,41%.
Isso muda bastante as coisas, já que a previsão anterior do governo e que influenciou a escolha do novo salário mínimo foi feita com o INPC em 6,7%. Com essa mudança na porcentagem, o salário deve mudar também.
O novo número do salário mínimo não é tão mais alto que o anterior, mas o fato é que qualquer valor a mais que o trabalhador já ganha já é motivo de alívio.
Com as novas alterações, o salário mínimo em 2023 pode ir para R$ 1.302, no entanto vale lembrar que as mudanças vão valer tanto para quem ainda trabalha e recebe um salário mínimo quanto para as pessoas que são aposentadas e pensionistas.
Por quê? Bem, o INSS também segue os mesmos padrões orçamentários, então usa o salário mínimo como base para que os seus próprios pagamentos não fiquem confusos. No momento, tudo o que o povo brasileiro – tanto os trabalhadores quanto os beneficiários do instituto – podem fazer é esperar, já que por enquanto tudo não passa de especulação.
A verdade só será anunciada em janeiro do ano que vem, que é quando o salário mínimo vai será oficializado. Ele não necessariamente pode seguir a linha das pressões orçamentárias, então tudo pode acontecer.
Vale lembrar que nesse exato momento, o índice inflacionário já passou da casa dos dois dígitos, porém há uma previsão de queda nos próximos meses.
O que deve ocasionar essa queda é a implantação de um teto no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que limita o quanto pode ser cobrado sobre esse tributo, que abarca combustíveis e outros itens essenciais.
Mas não se engane! Essa baixa deve ser apenas temporária. O preço deve voltar com os futuros reajustes da Petrobras, uma vez que ela é a maior responsável pela determinação os valores dos combustíveis.
Com o preço subindo, o transporte fica mais caro e isso acaba refletindo em tudo mais que é básico, então logo a inflação volta a subir.