Os esquemas adotados por donos de postos de combustível estão cada vez mais sofisticados e difíceis de serem identificados. Mesmo com o esforço da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em tentar coibir as fraudes, alguns comerciantes teimam em enganar clientes para lucrar mais.
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É claro que isso não vale para a grande maioria dos estabelecimentos, mas é importante estar sempre atento. A seguir, conheça alguns dos golpes mais comuns que atingem os motoristas brasileiros na hora de abastecer.
Combustível adulterado
A ANP já encontrou gasolina adulterada com mais de 70% de etanol, enquanto o permitido por lei é 27%. É comum encontrar percentuais na casa dos 40%, 50% e até 60% em muitos postos, ou seja, bem mais etanol do que de fato gasolina.
Outra prática muito vista é a de colocar mais de 8% de água na mistura do etanol. O empresário adiciona até 14% do líquido e quem paga a conta é o motorista.
O resultado para quem tem um carro flex é um consumo bem abaixo do esperado e um prejuízo no bolso. Além disso, a prática pode estragar componentes do veículo e até prejudicar o motor.
Bomba baixa
Esse golpe na própria bomba consiste em exibir uma quantidade superior de combustível ao que de fato foi colocado no taque. A tela informa que o frentista abasteceu 50 litros, mas o cliente só recebe 46 litros, por exemplo.
O controle remoto do aparelho é feito por um escritório remoto para evitar problemas com a fiscalização ou com motoristas que exigem comprovação.
Dedo na vareta
O terceiro esquema mais comum é quando o funcionário coloca o “dedo da vareta”. Isto é: na hora de medir o nível do óleo, o frentista põe o dedo e não deixa a vareta ir até o fundo para mostrar que o motorista precisa trocar o óleo.
A situação pode ficar ainda pior quando a troca do produto é feita no próprio posto. Em alguns casos, o cliente recebe óleo reciclado tirado de outro carro que foi transformado em “novo”.
Outros exemplos
Outras tramóias bastante usuais são: bomba de GNV com pressão acima do permitido; adição de metanol na gasolina ou no etanol; adulteração do Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32) usado em caminhões; e o famoso posto pirata, que imita uma marca conhecida, mas vende combustível de procedência duvidosa.