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Jornada de trabalho com 4 dias adotada em vários países pode chegar ao Brasil?

Empresas de países como Japão, Islândia e Emirados Árabes Unidos reduzem para quatro dias semanais a jornada dos trabalhadores.



Em uma promessa de mudar o padrão de trabalho no mundo todo, países como Japão, Islândia e Emirados Árabes adotaram a jornada de 4 dias semanais. A discussão também existe no Brasil, inclusive desde antes da chegada da pandemia de Covid-19.

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Especialistas e estudos encomendados por empresas mostram que a carga horária de 40 horas semanais leva a um baixo nível rendimento e muita procrastinação. Em 2016, uma pesquisa da empresa norteamericana de softwares Workfront revelou que os funcionários que atuam nesse modelo tinham aproveitamento em apenas 39% do tempo trabalhado.

A procrastinação é um processo comum, especialmente no mundo moderno, afirma o consultor de carreira e negócios da ESIC Internacional, Alexandre Weiler. A saída é encontrar formas de ampliar a produtividade.

“Apostar numa modalidade de trabalho com quatro dias na semana pode apresentar benefícios como uma maior retenção de talentos, combate a problemas de saúde mental, menos procrastinação e equipes mais eficientes”, afirma.

Economia de recursos

Outro estudo realizado em 2019, na Microsoft do Japão, mostra que reduzir a jornada pode gerar economia de recursos financeiros, como papel e energia. Os pesquisadores também perceberam que os funcionários ficaram 40% mais produtivos e mais felizes com a mudança.

“O mundo mudou e as pessoas também, então por que não pensar em alternativas que possam melhorar a maneira como vivemos? É claro que a implantação de algo dessa magnitude precisa de um planejamento muito criterioso por parte das empresas”, pondera Weiler.

Cenário atual

Bilionários donos de companhias gigantes já adotaram a jornada semanal ou diária reduzidas. Larry Page, dono da Google, entendeu que os empregados rendem mais trabalhando apenas quatro horas por dia. Já Carlos Slim, chefe de AT&T, Net, Embratel e Telmex, optou pela folga de três dias.

O modelo foi implementado de forma permanente na Islândia, sem mudanças salariais. Os Emirados Árabes Unidos foram pelo mesmo caminho, e iniciaram 2022 como o primeiro país do mundo a adotar oficialmente a jornada semanal de quatro dias.

Algumas empresas de tecnologia do Brasil já optaram pelo modelo, como Eva, Crawly, Nova-Haus e Gerencianet. Contudo, sua ampliação ainda depende de ajustes e adequações, inclusive na legislação.

“Seguramente nem todos são passíveis de adoção automática e alguns, inclusive, com grandes desafios. É realmente uma mudança forte de paradigmas, mas que pode ser viável e, em muitos casos, necessária e benéfica”, completa o consultor.




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