O mundo inteiro tem assistido a uma série de ondas de calor extremo que afetam o bem-estar e a saúde das pessoas. Isso quer dizer que a sensação ruim não se resume apenas ao que o corpo percebe, mas também a maneira como a mente interpreta o mundo.
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Uma análise recente divulgada pela CNN Brasil mostra dados interessantes, os quais foram levantados pelas empresas Gallup e Citi. As pessoas que sentem o calor extremo relatam a queda brusca na sensação de bem-estar mental.
Calor extremo está três vezes mais frequente
Segundo os dados divulgados, os dias de calor extremo ficaram três vezes mais frequentes em 2020 do que em 2008, por exemplo. Da mesma maneira, a Gallup informa que o bem-estar geral das pessoas diminui cerca de 6,5%. No entanto, os dados projetados para o final da década são ainda mais alarmantes.
Para os pesquisadores, é possível que a sensação de bem-estar global experimente uma queda brusca de 17% no bem-estar. Essa previsão faz referência a um período curto. Isso deve acontecer até o final da presente década, ou seja, dentro dos próximos 8 anos.
2022 foi de intenso calor em todo o hemisfério norte
Vale lembrar que em 2022, o hemisfério norte da Terra presenciou fortes ondas de calor extremo. Recentemente a Europa pode observar temperaturas acima dos 40°C em regiões que são conhecidas pelo frio característico.
Para desenvolver a pesquisa, a Gallup entrevistou 1,5 milhão de pessoas, em 160 países diferentes, durante 15 anos. Ela também tomou a liberdade de utilizar os dados de temperatura global fornecidos pela agência espacial norte-americana, a Nasa.
Basta apenas um dia de calor extremo, para que a sensação de bem-estar caia, em média, 0,56%. Por isso, com o aumento da temperatura média terrestre, há um novo alerta para os cuidados com a saúde mental que precisarão de atenção muito em breve.
Vale destacar que os dias de calor extremo são aqueles que ultrapassam a média do que esperado para uma região.