Carro popular financiado fica R$ 13 mil mais caro após clico de alta de juros

Aumento de 11,75 pontos percentuais entre março de 2021 e agosto deste ano encareceu significativamente o crédito.



O crédito ficou mais caro no último um ano e meio, o que dificultou bastante o acesso dos brasileiros a bens duráveis. Na última quarta-feira, 21, o Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, a primeira manutenção após sucessivos aumentos desde março de 2021.

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A medida é uma das estratégias da autoridade monetária para controlar a inflação. Como resultado, o consumidor compra menos e paga mais pelo crédito, com financiamentos.

Segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), o custo para financiar um carro popular de R$ 40 mil subiu R$ 13.107,83 em um ano e meio. No mesmo período, a Selic evoluiu 11,75 pontos percentuais.

O cálculo considera um parcelamento de 60 meses. Até março do ano passado, quando a taxa básica estava em 2% ao ano, o brasileiro pagava juros de 1,34% ao mês e parcelas de R$ 974,42. Ao quitar a dívida, o valor desembolsado era de R$ 58.465,40.

Agora, quem compra o mesmo automóvel paga taxa mensal de 2,15%. O valor das prestações subiu para R$ 1.192,89, aumento de R$ 218,46 por mês. No final das contas, o automóvel vai custar R$ 71.573,23.

Outros tipos de crédito

A Anefac também realizou simulações com outros produtos para demonstrar os efeitos da alta da Selic. Uma geladeira de R$ 1.500 parcelada em 12 vezes no crediário ficou R$ 83,67 mais cara em um intervalo de cerca de 18 meses.

O eletrodoméstico sai por R$ 2.075,77 após quitado o débito. Quando a Selic estava em 2% ao ano, o custo total era de R$ 1.992,10. A entidade considera o aumento de 4,66% para 5,39% da taxa mensal do crediário.

A Selic também encareceu o crédito bancário, com destaque para empréstimos, uso do rotativo do cartão e cheque especial. A cobrança pelo uso de R$ 1.000 no cheque especial por 20 dias agora é de R$ 53,80, contra R$ 47,33 até março de 2021.

A taxa mensal para uso do rotativo do cartão de crédito subiu de 11,2% para 14,2%, com ao valor cobrado por crédito de R$ 3.000 na modalidade passando de R$ 335,70 para R$ 429. Já o efeito em um empréstimo de R$ 5.000 é aumento R$ 356,22 no valor da parcela mensal.




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