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Carros terão 10 novos itens obrigatórios de segurança; preços vão subir?

Programa de desenvolvimento da indústria automotiva adota mudanças para reforçar a segurança dos automóveis.



O Brasil está em terceiro lugar entre os países com mais mortes no trânsito, atrás apenas de Índia e China. Para tentar reduzir esse número trágico, as montadoras terão até oito anos para adotar dez novos itens de segurança obrigatórios em seus veículos.

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A novidade faz parte do ‘Rota 2030’, programa de desenvolvimento da indústria automotiva que visa reduzir a quantidade de acidentes registrados nas estadas no país. Apesar de positivas, as mudanças podem pesar bastante no bolso do consumidor.

As novas inclusões correspondem ao maior reforço na segurança dos automóveis desde o início de 2018, quando o cinto de três pontos e o encosto de cabeça em todos os assentos começou a ser obrigatória. A medida também é comparável com a adoção obrigatória de airbags frontais e freios ABS em 2014. 

O acréscimo dos dispositivos será feito primeiramente em novos projetos de veículos, e em seguida em todos os carros novos vendidos no Brasil.

10 itens de segurança obrigatórios

Por conta da pandemia, o prazo final para implementação de alguns desses itens nos carros foi adiada para 2030, mas parte deles deve entrar nos modelos até 2024. Veja quais são os dez novos itens de segurança:

  1. Teste de impacto lateral;
  2. Aviso de cinto de segurança desafivelado;
  3. Repetidores laterais das luzes da seta;.
  4. Luzes de rodagem diurna;
  5. Alerta de colisão;
  6. Sistema de controle de estabilidade;
  7. Proteção de impacto ao pedestre;
  8. Proteção contra impactos frontais (para utilitários);
  9. Câmera de ré ou sensor de aviso sonoro;.
  10. Proteção de impacto lateral contra poste.

Custo e ganho

Segundo Jairo de Lima Souza, professor do curso de engenharia mecânica da FEI, o custo de equipamentos como alerta de frenagem de emergência ainda é muito alto. O item será obrigatório a partir de 2024.

“Esses sistemas eletrônicos embarcados são ferramentas extremamente eficientes para essas situações de trânsito e também a possibilidade de atropelamentos. O problema é que a pesquisa e o desenvolvimento tiveram um custo, sem falar que a maioria dos dispositivos é importada e tudo precisa ser homologado. É natural que haja um custo embarcado”, afirma.

No entanto, esses gastos serão compensados por uma redução de despesas com indenizações e saúde pelo Estado. Além disso, o consultor automotivo Ricardo Bacellar, da Bacellar Advisory Boards, garante que a indústria já está buscando reduzir o impacto financeiro do novos dispositivos.

“Um exemplo que está muito próximo de nós é o celular: quando é lançado um novo, o preço está nas alturas, a medida que o tempo vai passando, o preço vai diminuindo. Assim acontecerá com esses itens. A tecnologia vai barateando? A indústria está fazendo todos os esforços possíveis e imagináveis para reduzir o impacto desses itens no preço dos carros”, completa.




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