Lançada no início da pandemia de covid-19, a nota de R$ 200 perdeu R$ 39 para a inflação em apenas dois anos. O poder de compra atual da cédula atualmente corresponde ao mesmo que R$ 161 em 2020.
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Entre setembro de 2020 e julho de 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 19,68%. Segundo o Banco do Brasil, a sétima integrante da ‘família do Real’ foi lançada porque para evitar o risco de escassez.
“Não há relação mecânica entre o aumento da quantidade de papel moeda em circulação e inflação. A inflação não está subindo no Brasil e o Banco Central está atento para evitar que isso ocorra, mantendo a inflação baixa, estável e previsível. O Brasil é um país que utiliza o sistema de metas para o controle da inflação. Assim, a atuação do Banco Central busca assegurar que a inflação esteja na meta”, afirma.
O centro da meta da inflação neste ano é de 3,50%, objetivo que será cumprido se o IPCA ficar entre 2% e 5%. Apesar de ter registado duas quedas mensais consecutivas, o índice ainda acumula alta de 10,07% nos últimos 12 meses.
Segundo o BC, a nota de R$ 200 foi lançada por “precaução para o caso de a população demandar ainda mais dinheiro em espécie”. Contraditoriamente, apenas 24% do total de 450 milhões de unidades emitidas em 2020 estão em circulação no país.
“Como não é possível mensurar por quanto tempo os efeitos da pandemia vão persistir e considerando que o dinheiro em espécie ainda é a base das transações em nosso país, o BC entende que o momento é oportuno para lançamento de projeto de cédula pré-existente. É o BC agindo preventivamente para um possível novo aumento da demanda de numerário pela população”, explicou em nota.
O lobo-guará que estampa a cédula foi escolhido em uma pesquisa realizada em 2021. Outros animais que também foram mais votados já têm suas notas próprias, como a tartaruga marinha (R$ 2) e o mico-leão-dourado (R$ 20).