O trabalhador que vive com um salário mínimo por mês tem encontrado muitas dificuldades para sustentar sua família. De acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação acumulada neste ano é de 4,39%, fenômeno que corrói o poder de compra do brasileiro.
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Atualmente, um cidadão precisa trabalhar 136 horas e 6 minutos apenas para comprar uma cesta básica. A informação consta na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O levantamento considera um trabalhador com renda mensal de salário mínimo (R$ 1.212) que vive na cidade de São Paulo. Descontando os 7,5% da Previdência Social, o paulistano precisa comprometer 66,88% da sua remuneração líquida para adquirir uma cesta básica.
Em julho, o percentual chegou a 67,83% do salário. Já em agosto de 2021, era preciso desembolsar 63,93% do mínimo para comprar os produtos.
Preço mais alto
A cidade de São Paulo tem a cesta básica mais cara entre as capitais do país, com preço médio atual de R$ 749,78. O tempo necessário para uma pessoa que recebe o mínimo adquirir todos os itens do pacote é de 19 dias, trabalhando em carga horária de 7 horas diárias.
Inflação
O IPCA recuou 0,36% em agosto, oferecendo alívio discreto na inflação do país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado reflete a queda nos preços dos combustíveis.
A deflação, que é a maior para o mês de agosto desde 1998, mantém a tendência de julho, quando o IPCA caiu 0,68%.