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Por que o amargo do café é sentido de forma diferente por cada pessoa?

Entenda como o método de preparo do café pode influenciar no nível de cafeína e de que forma isso pode ser sentido por cada pessoa de maneira única.



O café é uma bebida versátil e que agrada o paladar de milhões de pessoas pelo mundo. Seu preparo também pode ser bastante diversificado, seja no coador, expresso, filtro, instantâneo, entre outros métodos. Tais práticas, inclusive, influenciam na potência dos grãos no nosso paladar, capaz de deixar o café “mais forte” ou “mais fraco”.

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Quando o foco é na concentração de cafeína, os métodos de preparo do café expresso baseados em miligramas por mililitro (mg/ml) são considerados os mais concentrados. Eles chegam a fornecer até 4,2 mg/ml, porção até três vezes maior que outras técnicas, como o pote Moka (tipo de coador fervente) e o método de gotejamento e embôlo.

O motivo para o café expresso extrair mais cafeína está associado à moagem mais fina, que significa mais contato entre o café e a água. Além disso, o café expresso utiliza pressão, o que acaba empurrando mais compostos para a água.

Atualmente, o café com maior dose de cafeína é o cold brew, extraído a frio, depois infundido em água fria por algumas horas e, em seguida, coado.

Percepções do amargo do café

A força do café não é medida apenas pelo teor de cafeína, mas envolve outros compostos, como aroma, função e sabor. Dependendo do tipo de extração, os itens podem interagir entre si para aumentar ou inibir os efeitos da bebida no organismo.

A espuma marrom no topo da bebida, por exemplo, a chamada “crema”, pode ser extraída facilmente quando o café é preparado em altas temperaturas, com diferentes pressões e tipos de moagem. Esse processo oferece altos níveis de sólidos dissolvidos, dando à bebida uma consistência menos aquosa.

Porém, o mais interessante é que uma descoberta recente mostra que os receptores responsáveis por detectar a cafeína e outros compostos amargos podem mudar de indivíduo em razão da genética e das exposições usuais.

Ou seja, as mesmas amostras de café podem invocar percepções distintas em relação à intensidade de amargo de forma diferente em cada pessoa.

Neste caso, existem diferenças na forma que cada pessoa é sensível aos estimulantes da cafeína, situação que vai depender da biologia única de cada um. Além disso, a forma de preparo da bebida também é algo pessoal e deve levar em consideração na hora de avaliar a força da cafeína e o sabor da bebida.

Para saber sobre o estudo, confira o texto original publicado em inglês no site The Conversation.




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