PEC da Transição será votada no Senado no dia 29, diz líder do PT

Data foi confirmada pelo deputado Reginaldo Lopes; texto encontra resistência pela retirada do Bolsa Família do teto de gastos



Apesar do impasse vivido pela equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Reginaldo Lopes, líder do partido na Câmara, afirmou ontem (22), que o Senado vai votar a PEC da Transição no dia 29 de novembro. O líder da casa e outros articuladores se recusaram a cravar uma data, no entanto.

Leia também: Bolsa Família de R$ 600 e mais: Entenda o que está em jogo com a PEC da Transição

“O prazo mais importante o Senado já marcou, que é votar e apreciar no dia 29. O prazo que eles vão trabalhar para apresentar em definitivo a emenda constitucional deve levar em consideração esse prazo do dia 29”, afirmou o deputado, em entrevista a jornalistas após reunião com lideranças da oposição ao governo atual de Jair Bolsonaro (PL).

A proposta apresentada pela equipe de transição ainda não reuniu consenso para começar a transitar no Senado com a rapidez exigida. São menos de 20 dias úteis para que o texto transite pelo Senado e pela Câmara.

Um dos pontos mais difíceis e que tem gerado mais discussão é o período em que o Bolsa Família ficaria, de forma excepcional, fora da regra do teto de gastos. A expectativa é conseguir manter o programa em R$ 600, como prometeu o presidente eleito. “Nós entendemos que a PEC tem que ter, no mínimo, uma duração de quatro anos”, afirmou Lopes.

Para tentar reverter as dificuldades enfrentadas na casa legislativa, o PT acionou o senador, ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT-BA), dado seu bom relacionamento mesmo com partidos de centro e da base do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele integrará um gabinete provisório de articulação na casa.

Apesar de toda a resistência no Senado, a situação parece um pouco mais favorável na Câmara. Segundo o também deputado petista José Guimarães, há consenso para que o texto da PEC enviado pelo Senado seja aprovado pela Câmara. “Não haverá dificuldade de todo o mundo se ajudar na aprovação da PEC no acordo que sair do Senado. Por isso que é fundamental pacificar no Senado e, chegando na Câmara, não temos outro caminho que não seja consolidar o texto que vem do Senado”, afirmou.




Voltar ao topo

Deixe um comentário