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Bolsa Família de R$ 600 e mais: Entenda o que está em jogo com a PEC da Transição

Proposta entregue ao Congresso Nacional é a alternativa do governo eleito para retirar despesas do teto de gastos.



O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) apresentou ao Congresso na última quarta-feira, 17, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. O documento tira do teto de gasto todas as despesas com o Bolsa Família.

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A medida foi necessária porque não há espaço no Orçamento de 2023 enviado pelo governo de Jair Bolsonaro para manter o benefício em R$ 600 a partir de janeiro. O programa atualmente se chama Auxílio Brasil, mas deve recuperar o nome antigo em breve.

No documento entregue pelo atual presidente, o valor da parcela mensal cai para cerca de R$ 405 após dezembro, apesar da manutenção do patamar atual também ter sido uma promessa de sua campanha eleitoral. A seguir, entenda alguns pontos importantes da PEC.

Fora do teto de gastos

A proposta inicial é excluir o Bolsa Família de forma permanente do teto de gastos, despesa que está na casa dos R$ 175 bilhões. Esse montante inclui a continuidade dos R$ 600 e um adicional de R$ 150 por família com criança menor de seis anos.

Também foram excluídos do teto custos com projetos socioambientais ou ligados às mudanças climáticas custeadas por doações; despesas de universidades federais bancadas por receitas próprias; e despesas em investimentos com o excesso de arrecadação de receita corrente do ano anterior.

Neste último caso, o limite corresponde a 6,5% do excesso de arrecadação de receitas correntes de 2021, que é de R$ 22,9 bilhões.

Pacote total

Incluindo todos gastos mencionados, a PEC da Transição exclui um total de R$ 198 bilhões do teto de gastos, divididos desta maneira:

  • Auxílio Brasil de R$ 405: R$ 105 bilhões;
  • Complemento para R$ 600 e adicional de R$ 150: R$ 70 bilhões;
  • Excesso de arrecadação: até R$ 23 bilhões.

Como são recursos da própria União, os valores relativos às receitas próprias das universidades federais e às doações a projetos socioambientais não foram incluídos nas contas.

Espaço no Orçamento

Retirar esses gastos do Orçamento abrirá um espaço de cerca de R$ 105 bilhões que poderá ser usado para cumprir algumas promessas do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A equipe de transição ainda não confirmou o destino desses recursos, mas já deu alguns indícios.

Considerando as falas da equipe de Lula, a “sobra” será usada no aumento real do salário mínimo, em ações de saúde e em programas e investimentos como Farmácia Popular, Minha Casa Minha Vida, merenda escolar, cultura e outros.




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