Provavelmente você já percebeu uma camada escura que fica em pães, ovos e carnes quando ocorre um aumento da temperatura. Até o cheiro típico de queimado chega a deixar vestígios, dado que várias substâncias são eliminadas no processo de aquecimento. Contudo, há quem prefira consumir alimentos bem passados do que crus, ignorando as crostas que parecem carvão.
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A química presente nas panelas
Em geral, as panelas e frigideiras com tecnologia Teflon, apresentam um revestimento para impedir que o alimento grude. No entanto, conforme o uso, essa película vai sofrendo um desgaste, eliminando substâncias químicas. Entre elas, estão a acrilamida e a acroleína, componentes plásticos que têm potencial cancerígeno se liberados frequentemente.
Algumas confirmações científicas
Uma pesquisa realizada na USP (Universidade de São Paulo), avaliou o quanto a carne bem passada poderia ter relação com o surgimento do câncer. Nesses estudos iniciais, os pesquisadores identificaram uma possível tendência de idosos que consomem carne bem passada a desenvolver câncer. Os testes seguem em andamento no intuito de estabelecer novas hipóteses.
Problemas a longo prazo
Sabe-se que inúmeros componentes feitos em laboratório podem mudar o funcionamento do organismo humano. A longo prazo, a ação desses elementos inflamatórios de hidrocarbonetos e aminas, prejudicam o sistema imunológico, devido a deficiência da produção de glóbulos brancos. Além disso, é preciso considerar que fatores genéticos e hábitos somam-se a essas análises.
Câncer, inflamação e outras condições
Se o organismo estiver inflamado, dificulta a identificação de outras doenças e eleva as complicações de tumores cancerígenos. Portanto, por mais que a maioria das pesquisas não seja tão conclusiva, o ideal é ter cautela no preparo de determinados pratos. Evite consumir refeições que tenham algum alimento muito queimado e crosta que resulte de contato direto com a panela. Esses cuidados protegem a sua saúde e também aumentam a durabilidade dos utensílios da cozinha.