Uma das medidas que serão aplicadas pelo novo governo Lula será a retomada da lista dos criminosos mais procuradas no Brasil. A relação de nomes foi criada durante o governo Bolsonaro (PL) e será retomada a partir de 2023.
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O projeto foi criado durante a gestão de Sergio Moro no Ministério da Justiça e Segurança Pública, em janeiro de 2020. A lista foi desenvolvida de forma parecida com a lista “difusão vermelha” da Interpol. O intuito é auxiliar os policiais a concentrar esforços para encontrar e prender os criminosos mais perigosos do país.
Apenas pessoas com mandato de prisão em aberto são incluídas na lista. Além disso, é preciso que os mandatos tenham envolvimento com crimes graves e participação direta ou indireta em organizações criminosas.
Lista não inclui os criminosos mais perigosos da atualidade
Mesmo com a intenção de ajudar a polícia, a lista está desatualizada desde o primeiro semestre de 2021. Após desentendimento com Moro, o delegado Anderson Torres assumiu o ministério da Justiça em março de 2021. As desavenças ocorreram devido discordâncias sobre as transferências de integrantes do PCC nas cadeias do país.
Dessa forma, os criminosos mais perigosos da atualidade estão fora da lista do Ministério. De acordo com policiais estaduais, os nomes enviados à pasta sobre os procurados não foram inseridos na lista. Ao ser questionada, a pasta informou que a atualização não interfere na prisão dos suspeitos.
A secretaria responsável pela criação da lista foi criticada por inserir apenas inimigos de Bolsonaro, deixando criminosos próximos a família de fora da lista. Como exemplo, está o caso do miliciano e ex-policial Adriano Nóbrega, que não estava na lista assim que ela foi divulgada.
Criminosos que deveriam ser incluídos na lista
De acordo com as polícias estaduais, alguns dos criminosos que deveriam estar na lista atualizada são:
- Marcos Roberto de Almeida: Conhecido como “Tuta”, foi apontado como principal líder do PCC nas ruas até abril deste ano. De acordo com o Ministério Público, ele foi retirado da facção. Assim, a suspeita da polícia é de que ele tenha fugido para o exterior e tenha sido executado lá.
- Silvio Cesar de Araújo: O “Cabelo de Bruxa” possui mandado de prisão em aberto por assalto, além de ser suspeito de envolvimento nas ações do “novo cangaço”.
- Márcio do Carmo Pimentel: “Ian” é suspeito de financiar e praticar grandes assaltos com fuzis, todos no estilo do novo cangaço.
