O futuro ministro da fazenda, Fernando Haddad, deu uma declaração nesta terça-feira (27) que pode pesar no bolso dos brasileiros: a isenção de impostos federais sobre os combustíveis não será prorrogada. Dessa forma, é possível que, a partir de 1º de janeiro de 2023, os preços da gasolina, do gás de cozinha e do diesel voltem a subir.
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Haddad já havia se encontrado com o atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir a respeito da isenção dos impostos. No entanto, a escolha do novo governo foi de não renovar a medida. A equipe de Haddad afirmou que a decisão foi tomada em comum acordo com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Dessa forma, as estimativas do Ministério da Economia apontam que, sem a medida de isenção dos impostos, a arrecadação de tributos do Governo Federal aumenta em torno de R$ 50 bilhões por ano.
Retirada da isenção irá aumentar preço da gasolina
A nova medida traz preocupação para os motoristas logo no início do ano, visto que o congelamento dos impostos não foi renovado. A previsão é de aumento de R$ 0,90 já em janeiro.
Com o retorno da cobrança dos impostos, o valor do combustível será maior nas bombas de gasolina e impactarão diretamente no orçamento dos brasileiros. Para justificar a decisão, Fernando Haddad afirmou que prefere não tomar nenhuma decisão neste momento que impacte nas contas públicas dos próximos anos.
“Levei à consideração do presidente um pedido do governo eleito para que o governo atual se abstenha de tomar qualquer medida na última semana que venha a impactar o futuro governo, sobretudo em temas que podem ser decididos em 10 dias, 15 dias, 1 mês, sem atropelo. Para que a gente tenha a sobriedade de fazer cálculo de impacto, verificar trajetória do que a gente espera das contas públicas ao longo dos próximos anos”, declarou o futuro ministro da Fazenda.
A isenção dos impostos sobre os combustíveis foi uma medida aprovada pelo Congresso em junho de 2022, tendo a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL). O intuito foi de frear o aumento dos preços da época, causado principalmente pela guerra entre Rússia e Ucrânia.