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Gasolina sem petróleo? Ela existe e já está em produção com escala industrial

Combustível sintético começa a ser produzido em larga escala no Chile.



Apesar de soar como novidade, a gasolina sintética começou a tomar forma há alguns anos, mas em escala experimental. Porém, só agora a inovação ganha ares industriais: a primeira usina de produção em massa de gasolina sem petróleo entrou em operação no extremo sul do Chile.

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Composição

Com o nome de Haru Oni, a indústria combina energia elétrica, água e CO² para gerar e-Metanol. Essa composição gera uma gasolina neutra em carbono a partir da eletricidade. Portanto, tais combustíveis passaram a ser chamados de eletro combustíveis ou combustíveis elétricos (e-Fuels).

O processo de sintetização é feito a partir do hidrogênio. Tal elemento é produzido em um eletrolisador da Siemens Energy a partir de energia elétrica de turbinas eólicas

Em síntese, todo esse movimento resulta de um consórcio da Siemens Energy, Porsche e HIF Global. Contudo, vale lembrar que a própria Porsche já havia anunciado o uso de combustíveis sintéticos. 

Capacidade

A expectativa é que o sistema produza 130 mil litros de combustível sintético em 2023. Após a fase de projeto piloto, esse volume deve aumentar gradualmente até atingir 55 milhões de litros por ano até 2025. Por fim, o objetivo é que a capacidade produtiva chegue a 550 milhões de litros por ano dois anos mais tarde. 

Como base comparativa, a projeção de demanda do combustível no Brasil, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), será de 38,1 bilhões de litros já no próximo ano. O nível de produção de combustível sintético em 2027 poderia ser uma saída para suprir pelo menos parte desta demanda. 

Localização

O potencial de geração de energia renovável da Patagônia fez do local uma escolha natural para a implantação do projeto. Isso porque os ventos fortes da região conseguem gerar cerca de três vezes mais energia do que é possível na Europa, por exemplo. Por fim, toda a operação de Haru Oni tem certificação, comprovando a produção dos chamados “combustíveis verdes”. 




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