O Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) passará por uma mudança importante em 2023. Na última semana, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento do próximo ano, documento que define, entre outras despesas do governo, o novo valor do salário mínimo.
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De acordo com o texto aprovado, o piso nacional passará de R$ 1.212 para R$ 1.320 em janeiro. A correção é de R$ 108 e ficou acima da inflação deste ano, ou seja, houve aumento real.
A boa notícia é que o mínimo não afeta apenas a remuneração dos trabalhadores, mas também os limites de renda que dão acesso a uma série de programas sociais. Ele também impacta benefícios como seguro-desemprego, abono salarial e os pagamentos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Reajuste no CadÚnico
O CadÚnico é hoje o sistema que dá acesso aos maiores benefícios sociais do país, como o Bolsa Família (antigo Auxílio Brasil), o vale-gás e a Tarifa Social de Energia Elétrica (TASSE). Com a mudança no mínimo, os valores que permitem o cadastro ficam assim:
- Famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa: passa de R$ 606 para R$ 660;
- Famílias com renda mensal total de até três salários mínimos: passa de R$ 3.636 para R$ 3.960.
O aumento pode fazer a diferença para milhões de pessoas que precisam de auxílios importantes para sua sobrevivência.
Como se inscrever no Cadastro Único
O cidadão de baixa renda que deseja se inscrever pode fazer um pré-cadastro por meio do site ou aplicativo do Cadastro Único. Em seguida, deve comparecer a um posto de atendimento do CadÚnico ou Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) em até 240 dias para concluir a inscrição.
A pré-inscrição torna o processo mais rápido e eficiente, mas não é obrigatória. Se preferir, o interessado pode buscar atendimento diretamente no CRAS ou posto de atendimento.