A taxa de desemprego marcou 8,3% no trimestre finalizado no mês de outubro. O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior (encerrado em julho, de 9,1%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A princípio, também vale destacar que o resultado ficou abaixo da projeção do mercado, que apontava uma taxa de 8,8% no trimestre encerrado em outubro.
Queda
Tais dados apontam que o movimento de queda do desemprego no mercado de trabalho é realidade desde o período de maio a junho de 2021. Assim, para ter uma base comparativa, basta observar que, do primeiro trimestre até outubro, o país tinha 9 milhões de desempregados. Trata-se do menor nível desde o trimestre móvel terminado em julho de 2015.
O número aponta retração de 8,7% frente ao trimestre anterior (menos 860 mil pessoas) e queda de 30,1% se comparado a igual período do ano anterior (menos 3,9 milhões de pessoas).
Assim, é importante destacar que, para a pesquisa, desempregados são pessoas com 14 anos ou mais que buscaram emprego e não conseguiram a recolocação no mercado de trabalho.
Histórico
Se considerarmos o recorte de agosto a outubro, a população classificada como ocupada (empregados, empregadores e funcionários públicos) era de 99,7 milhões de pessoas, o maior já registrado na série da pesquisa iniciada em 2012. Em suma, isso representa um avanço de 1% em relação ao trimestre móvel anterior (até julho), que teve mais um milhão de pessoas ocupadas. Esse número também representa um aumento de 6,1% quando comparado ao igual trimestre do ano anterior.
Taxa de informalidade
Quando observada a taxa de informalidade, vale destacar que ela foi de 39,1% da população ocupada, contra 39,8% no trimestre móvel terminado em julho e 40,7% no mesmo trimestre do ano passado.
Em síntese, quando de fala em renda média dos trabalhadores, o valor é de R$ 2.754 no período. O número representa uma alta de 2,9% frente ao trimestre anterior.
Mão de obra desperdiçada
No trimestre encerrado em outubro, o país contabilizava 22,7 milhões de trabalhadores subutilizados. Da mesma forma, esses dados apontam uma queda de 6,7% se comparado ao trimestre móveis anterior e uma retração de 24,2% em relação ao mesmo período de 2021.
Vale lembrar que a pesquisa nomeia de “mão de obra desperdiçada” o contingente de trabalhadores subutilizados. Em outras palavras, desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e trabalhadores que não buscam emprego, mas gostariam de trabalhar.