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Quem foram os vilões? Os fatos que fizeram de 2022 o ano da inflação

Veja quais foram os vilões e os principais impactos dos preços altos que assustaram os brasileiros.



A inflação foi algo que assustou os brasileiros neste ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), responsável por medir a inflação, bateu 12,13% em abril, a maior taxa para um período de 12 meses desde 2003.

Leia mais: IPCA-15: prévia da inflação sobe 0,52% em dezembro e fecha o ano em 5,9%

Contudo, o alívio veio, mesmo que tímido, no segundo semestre, a partir do corte de impostos. A ação fez com que alguns preços caíssem, como foi o caso da gasolina. Ainda nesse cenário, em julho, o IPCA registrou queda, ou seja, deflação. Foi a primeira vez que isso aconteceu após 25 meses de taxas positivas.

Tal deflação durou ainda dois meses. Porém, os preços voltaram a subir em setembro, mesmo com uma variação acumulada inferior a do começo do ano.

Dezembro

No dia 23 de dezembro, a prévia do IPCA apontou que o índice fechou 2022 com variação acumulada de 5,90%, ou seja, menor taxa em 20 meses. Na prática, esse percentual traduz um estouro da meta do indicador, de 3,5%, quando se esperava que ela oscilasse entre 2% e 5%.

Mesmo que o ano termine com a inflação mais baixa que o pico de abril, o aumento dos preços foi o grande vilão da economia deste ano. Veja quais foram os principais impactos da inflação neste ano:

Combustíveis

Durante o pico do IPCA, em abril, a gasolina representou sozinha 0,17% do índice. O santo foi tão grande representativo que provocou corridas aos pontos antes de novos reajustes. Nesse cenário, a Petrobras passou a segurar o aumento dos combustíveis, entubando prejuízos. Foi só em julho que houve a primeira redução dos combustíveis que era vendido às distribuidoras.

Além disso, o Governo Federal também diminuiu impostos e tributos sobre o combustível. Já o Diesel acumula alta nos últimos 12 meses, influenciando no preço de diversos produtos, uma vez que há variação do valor do frete.

Alimentos

Segundo os dados divulgados em dezembro, 35 dos 50 produtos com as maiores altas no ano são alimentos ou bebidas. É assim que a cebola ficou em primeiro lugar no ranking que também contempla outros alimentos como maçã, banana, farinha, milho, batata, pão e leite.

Na prática, o alívio da inflação que vem sendo registrado desde julho não resolveu muito para a classe média. Isso porque os preços de itens alimentícios não caíram. Esse peso foi ainda maior para as famílias mais pobres, uma vez que concentram gastos em despesas básicas.

Energia

A alta da energia elétrica fez frente à gasolina. As taxas mais altas ocorreram em 2021, mas este ano herdou aumentos na conta de luz na casa dos 20%. Vale lembrar que esses reajustes também refletiram na alta da inflação, mesmo que os preços tenham sido contidos por diversas medidas governamentais, como o teto de cobrança de ICMS sobre itens essenciais.

Causas

A inflação é resultado de fatores conjuntos, como a guerra na Ucrânia, que provocou um desarranjo já iniciado com a pandemia de Covid-19. Além disso, insumos importados como fertilizantes também auxiliaram nesta conta. Por fim, a tendência é de uma leve desaceleração da alta dos preços, principalmente dos alimentos para o próximo ano.




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