Recorde: conheça as 10 empresas que mais pagaram dividendos em 2022

Remuneração paga por companhias listadas na bolsa aos seus acionistas foi 58% maior neste ano do que no ano passado.



O ano está terminando com um recorde bem interessante para quem tem ações na bolsa de valores brasileira. Segundo a consultoria Economatica, as companhias listadas pagaram R$ 604,6 bilhões em dividendos até o dia 19 de dezembro.

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O montante é 58% maior que o registrado em 2021, quando os dividendos somaram R$ 382,2 bilhões. A seguir, veja as 10 empresas campeãs:

  1. Petrobras (PETR3 e PETR4) pagou R$ 16,74 por ação, totalizando R$ 214,560 bilhões;
  2. Vale (VALE3) pagou R$ 7,58 por ação, totalizando R$ 34,271 bilhões;
  3. Brasil (BBAS3) pagou R$ 4,17 por ação, totalizando R$ 11,506 bilhões;
  4. Santander (SANB11) pagou R$ 1,12 por ação, totalizando R$ 8,828 bilhões;
  5. Braskem (BRKM5) pagou R$ 1,70 por ação, totalizando R$ 7,341 bilhões;
  6. Itaú (ITUB4) pagou R$ 1,02 por ação, totalizando R$ 7,046 bilhões
  7. Gerdau Metalúrgia (GOAU4) pagou R$ 1,25 por ação, totalizando R$ 6,488 bilhões
  8. Gerdau (GGBR4) pagou R$ 3,63 por ação, totalizando R$ 5,687 bilhões
  9. Telefônica Brasil (VIVT3) pagou R$ 2,03 por ação, totalizando R$ 4,987 bilhões
  10. JBS (JBSS3) pagou R$ 2,00 por ação, totalizando R$ 4,616 bilhões

Conforme dados da consultoria Janus Henderson, a Petrobras foi a segunda maior pagadora de dividendos do mundo neste ano, perdendo apenas para a petroleira australiana BHP (BHPG34), que distribuiu US$ 78,1 bilhões (R$ 403 bilhões) no período.

Motivo do recorde

O valor a ser depositado aos acionistas varia de acordo com o lucro das companhias, suas posições de caixa e suas perspectivas de investimentos, explica o analista Luis Novaes, da Terra Investimentos.

Uma boa explicação para os números apresentados é a eleição deste ano. As empresas que pagam dividendos atraem mais investidores, por isso, para reduzir o risco político, a estratégia é usada em anos eleitorais.

Também vale mencionar que a Petrobras teve um excelente período devido à alta do petróleo em 2022. O governo federal, maior acionista da estatal, influenciou na decisão de pagamento que impulsionou o resultado.

Expectativas para 2023

Segundo Virgílio Lage, especialista da Valor Investimentos, no próximo ano tudo vai depender das medidas adotadas durante o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva. Caso a Petrobras não faça mudanças na política de paridade de preços, deverá continuar lucrando muito.

Também vale mencionar a influência da covid-19 na China, que é um dos maiores países exportadores do mundo. Outro ponto a ser levantado é a possibilidade de recessão nos EUA e na Europa, que pode afetar vários setores.




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