Selic a 13,75%: veja o que fazer com seus investimentos

Com este cenário, veja o que os especialistas indicam na hora de investir



O Copom não alterou a Selic pela terceira vez consecutiva. Especialistas apontam caminhos para quem quer começar a investir com riscos menores. Isso porque, segundo os especialistas está mais complicado conhecer o caminho da taxa básica de juros da economia daqui em diante.

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Por isso, a indicação é evitar começar a comprar ações e dar preferência para a renda fixa. Por fim, os títulos atrelados à Selic e à inflação são consenso entre as dicas de investimento.

Taxas de juros

Vale lembrar que o Copom elevou a taxa de juros desde abril de 2021, passando de 2% para os atuais 13,75% ao ano. O propósito era o de combater a inflação, uma vez que ao subir o custo do crédito, se diminui o consumo.

Até outubro, os economistas apontavam que a Selic começaria a ser cortada em 2023. Contudo, após o resultado das eleições, as expectativas do mercado mudaram. O argumento é que há o medo de o governo de Luiz Inácio Lula da Silva exagerar nos gastos, diante das incertezas em relação à equipe econômica.

Também vale dizer que a piora na percepção de risco para as contas públicas causou um debate sobre uma alta da Selic. A intenção seria evitar a aceleração da inflação causada pelo exagero de gastos. Essa previsão reflete nas taxas de juros oferecidas nos títulos atrelados à inflação e prefixados, que subiram.

Investimentos

É diante desse cenário, da alta de juros e da chance de recessão global, que os analistas aconselham que investidores (pessoas físicas) evitem começar ou aumentar a exposição em bolsa ou outros investimentos de renda variável. Contudo, para aqueles que compraram os papéis pensando a longo prazo, devem continuar com a estratégia decidida antes.

Os especialistas mais cautelosos apontam que a compra de ações defensivas (ou seja, de empresas que fabricam bens ou prestam serviços essenciais até em crises financeiras) se coloca com a melhor alternativa. Dentre elas estão as empresas de energia e saneamento.

Já os economistas mais otimistas sugerem o investimento em papéis de setores cíclicos, ou seja, os que podem se recuperar com a desaceleração da inflação e a queda de juros esperada para 2023.

Renda Fixa

Essa expectativa de que a Selic siga em alta, títulos de renda fixa são interessantes. Fora do Tesouro Direto, Certificado de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) podem render ainda mais.

Vale lembrar que o risco de calote desses papéis emitidos por bancos é maior. Porém se o investimento estiver dentro do limite de R$ 250 mil por CPF por instituição financeira o Fundo Garantidor de Créditos (GC) devolve o dinheiro em caso de calote.

Os títulos atrelados à Selic e à inflação são consenso, enquanto os prefixados são controversos. Entretanto, os títulos atrelados à Selic ou ao CDI são aconselhados para formar a reserva de emergência ou para realizar objetivos de curto prazo, uma vez que não dão rendimento negativo ao longo do caminho.

Já papéis atrelados à inflação ou prefixados são indicados para realizar objetivos de médio e longo prazo. Eles podem render mais, mas dar rendimento negativo antes da data de vencimento. Por isso é necessário estar disposto a resgatar o dinheiro apenas no final do prazo para ganhar o combinado.




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