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Após anúncio de rombo, Americanas perde 80% do valor em três pregões

Anúncio sobre “inconsistências contábeis” na casa dos R$ 20 bilhões foi feito pelo ex-CEO da companhia, Sérgio Rial.



A corrida para se desfazer das ações da Americanas tem sido grande nos últimos dias. Desde que a empresa anunciou “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões, seus papeis começaram a desvalorizar, e até a última segunda-feira, 16, acumularam queda de 98,42%.

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No fim da sessão de segunda, o valor de mercado da empresa era de R$ 1,75 bilhão, contra R$ 10,82 bilhões antes do escândalo. A diferença é de apenas cinco dias.

A companhia já perdeu R$ 64,36 bilhões em valor de mercado nos últimos meses, segundo levantamento de Einar Rivero, da TradeMap, e deve continuar perdendo nos próximos dias. Somente no primeiro dia desta semana, a queda foi de quase 40%, com as ações ordinárias da varejista fechando o pregão a R$ 1,94.

Perda histórica

A Americanas já estava vivendo um período financeiro complicado há alguns meses. Em agosto de 2020, os papeis da empresa atingiram o ápice, e seu valor de mercado alcançou os R$ 66 bilhões.

Menos de seis meses depois, em 16 de janeiro de 2022, a companhia valia bem menos da metade, R$ 27,25 bilhões. Um ano depois, antes do anúncio do rombo bilionário, seu valor chegou a R$ 10,82 bilhões.

Apesar da recente quebra brusca, a desvalorização da Americanas começou junto com a piora da economia do país, agravada por fatores como pandemia, inflação alta, Selic nas alturas e baixo crescimento econômico. Em 12 meses, as ações da empresa despencaram 93,44%.

Contudo, após a descoberta do rombo, a desvalorização foi de 79,9% em apenas cinco dias.

Caso Americanas

Na última quarta-feira, 11, o ex-CEO Sérgio Rial, divulgou um fato relevante ao mercado anunciando ter encontrado “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões na companhia. De forma resumida, o valor não estava registrado apropriadamente nos balanços corporativos.

Rial, que havia assumido a presidência no início do ano, renunciou ao cargo.

No documento, a varejista afirmou acreditar que “o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial”, o que significa que o rombo não teria efeito financeiro, apenas contábil.

Entretanto, no último sábado, 14, a Americanas anunciou que conseguiu suspender quaisquer cláusulas contratuais que obriguem o pagamento antecipado de dívidas e a incidência de juros no período da pausa. Na Tutela de Urgência Cautelar emitida pela Justiça, as dívidas da empresa estão estimadas em R$ 40 bilhões.




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