Clientes do Nu Reserva Imediata do Nubank perceberam nesta semana que o rendimento do fundo está negativo, um respingo da crise financeira da Americanas. Mas eles não estão sozinhos, já que diversos outros fundos incluem em sua carteira os títulos de dívida da varejista.
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Segundo levantamento da Comdinheiro, 31,7 milhões de cotistas estão expostos às debêntures emitidas pela empresa ou papéis menos tradicionais e de estrutura mais complexa. O número revela como o caso pode se complicar nos próximos dias.
Os dados não consideram veículos que investem em ações da empresa, apenas títulos de crédito.
“Um exemplo são as operações pelas quais o banco antecipa aos fornecedores da Americanas o valor a receber, e a varejista fica com dívida com o banco. Tem fundo de investimento que compra desses bancos certos títulos associados àquelas operações, com risco da Americanas, não do banco”, explicou o diretor do Comdinheiro, Rafael Paschoarelli, em entrevista ao O Globo.
O executivo afirma que menos de 500 fundos incluem títulos da Americanas diretamente, mas sim de outras instituições que têm cotas daqueles fundos em suas carteiras. O movimento alastrou a exposição aos papeis.
“É por isso que o número de 31,7 milhões tem vários casos de dupla ou tripla contagem. Porque é impossível saber quando um mesmo investidor é cotista de mais de um desses fundos. Mas o número mostra como o impacto é abrangente”, completou.
