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Eca, que nojento: por que cientistas estão congelando fezes pelo mundo?

Você pode se surpreender ao saber porque alguns cientistas estão congelando fezes e mandando para um país europeu. O motivo é interessante.



As fezes podem ter mais importância do que você acreditava para o mundo da ciência. Não é à toa que amostras congeladas estão sendo enviadas de todas as partes do mundo para cientistas na Suíça.

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O resultado das necessidades humanas conta com uma diversidade bacteriana incrível e que pode ter muitas aplicações nas pesquisas. Por isso, amostras de fezes congeladas até do interior rural da Etiópia estão sendo enviadas aos suíços, por exemplo.

Por que fezes congeladas estão sendo recebidas por cientistas?

Diante das alterações climáticas globais, da urbanização desenfreada e do processo de industrialização até dos alimentos, a diversidade bacteriana sofreu mudanças e pode estar em risco. Há quem diga que as bactérias intestinais correm risco até de extinção. Vale destacar que muitos desses microrganismos são fundamentais para a boa saúde das pessoas.

Por outro lado, também é possível encontrar bactérias não tão boas assim nas fezes humanas.  Em algumas amostragem, os cientistas localizaram micróbios resistentes a antibióticos, mesmo que a pessoa nunca tenha tomado o remédio.

O cofre da microbiota

Baseado em Zurique, na Suíça, o projeto chamado de “Cofre da Microbiota” tem o objetivo de criar um banco de dados biológicos global. Seria uma espécie de “Arca de Noé” de bactérias, para estocar os microrganismos essenciais aos seres humanos. Especialmente as pessoas que moram no campo tendem a ter uma diversidade mais interessante do que a flora intestinal de quem mora na cidade.

Inclusive, um dos tipos de pessoas que tem as fezes “mais desejadas” é o pastoral. Isso porque os pastoralistas foram pouco estudados até hoje, mas levam um modo de vida bem interessante. Eles são nômades e pastoreiam ovelhas e cabras (até camelos) por vários pastos do leste africano. A flora intestinal é baseada em alimentos como leite, mas isso vem mudando ao longo do tempo.

Dentro de dois anos, os cientistas devem descongelar as fezes recebidas para entender qual será a diversidade que vai prevalecer.




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