Os preços da gasolina começaram o ano em alta após recuos consecutivos nos últimos meses. O combustível, que é um dos itens que mais pesam no bolso dos brasileiros, acumulou alta de 2,02% nas últimas quatro semanas.
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Segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o acréscimo corresponde a R$ 0,11 por litro. Quem precisa abastecer o veículo sabe que a diferença parece pequena, mas pesa bastante no bolso.
Enquanto isso, o governo federal segue buscando meios de lidar com a situação dos combustíveis, e por isso prorrogou a isenção de tributos federais adotada em meados de 2022 pela administração anterior. O PIS/Pasep e Cofins sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular foram zerados até 28 de fevereiro de 2023.
O mesmo prazo vale para a desoneração da Cide sobre a gasolina. No caso do diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha, a isenção do PIS/Pasep e Cofins vai até 31 de dezembro de 2023.
Apesar da alta, preços ainda estão baixos
O levantamento semanal feito pela ANP em mais de cinco mil postos do país mostra que, apesar da alta, os valores estão baixos na comparação com um ano atrás. A gasolina teve queda de 23,75% em 12 meses, ou cerca de R$ 1,57 por litro.
A redução ocorreu em todas as regiões brasileiras, com destaque para o Centro-Oeste, onde chega a 27,15%. O Sul ficou em segundo lugar, com desvalorização de 21,21% nos preços.
Estados com o maior preço médio
No recorte por estados, as maiores quedas ocorreram em Minas Gerais (-28,94%), Rio de Janeiro (-28,81%) e Goiás (-28,5%). Já os cinco estados com as menores reduções foram Roraima (-14,95%), Ceará (-15,58%), Paraná (-17,92%) e Bahia (-18,86%).
Considerando a lista, é possível entender porque a maioria das unidades federativas mencionadas estão entre aquelas com a gasolina mais cara do país. Abaixo, confira os maiores preços médios no momento:
- Ceará: R$ 5,56;
- Bahia: R$ 5,51;
- Roraima: R$ 5,45;
- Acre: R$ 5,33;
- Tocantins: R$ 5,25.
Enquanto o acréscimo na última semana foi de 2,02% na média nacional, ele se aproximou e até ultrapassou os dez pontos percentuais em alguns locais do país. No Ceará, por exemplo, a alta foi de 12,78% no período.