Os brasileiros tiveram os maiores gastos com as suas compras de supermercado em 2022, visto que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma alta de 5,79% no último ano, tornando ainda menor a capacidade de compra do cidadão.
Leia mais: Poupança ganha da inflação pela 1ª vez em 4 anos
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável por medir a inflação do país, diversos itens tiveram um aumento considerável em seus valores no mercado. A cebola, por exemplo, foi considerada um dos que mais foram afetadas pelos aumentos, com o seu valor subindo 130,14% em comparação a 2021. Contudo diversos outros apresentaram um comportamento contrário e ficaram mais baratos no ano passado.
Vale ressaltar que o IPCA, conhecido popularmente como inflação, poderia ter sido ainda mais alto em 2022. Isso não aconteceu graças a duas coisas: a energia elétrica e a gasolina. Ambos mostraram grandes quedas no último ano devido a uma lei complementar que instaurou a redução da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os itens.
Redução do ICMS segura a inflação
No geral, o IPCA é um indicador que analisa a variação do preço da cesta de compras para famílias com renda de até 40 salários mínimos. Mesmo tendo subido no ano passado, o destaque foi dado à desaceleração, visto que estava marcada em 10,06% em 2021.
A taxa inflacionária subiu em 2022, porém de uma maneira mais fraca que em 2021, no entanto isso só ocorreu devido a uma lei complementar que limitou a cobrança do ICMS nos seguintes serviços e produtos:
- Energia elétrica;
- Gás natural;
- Combustíveis;
- Transporte coletivo;
- Telecomunicações.
Com a lei em questão, esses itens passaram a ser considerados essenciais para a população, logo a alíquota cobrada não podia ser superior a da regra geral, visto que isso se tornaria inconstitucional.
Antes, as taxas de alguns desses produtos passavam de 30% em alguns estados do país. Com a medida, as taxas cobradas não podem ultrapassar o limite de 18%. Dessa forma, o preço da gasolina caiu 25,78% em 2022 enquanto a energia elétrica residencial teve uma queda de 19,01%.
Quais os 10 itens que mais tiveram queda em 2022?
Além da gasolina e da energia, outros oito itens passaram por quedas em 2022, aliviando o bolso dos brasileiros. Confira abaixo quais foram os produtos e serviços que mais baixaram preço:
- Gasolina: -25,78%;
- Etanol: -25,42%;
- Energia elétrica residencial: -19,01%;
- Abacate: -12,36%;
- Acesso à internet: -12,09%;
- Videogame (console): -11,47%;
- Filé mignon: -10,72%;
- Abobrinha: -10,55%;
- Carne de carneiro: -10,32%;
- Aluguel de veículo: -10,24%.
Por fim, entre todos os 377 itens analisados pela pesquisa, apenas 36 produtos terminaram o ano sob valores abaixo daqueles vistos em 2021. Dessa forma, a inflação seguiu mexendo na renda dos brasileiros e alterando o poder de compra de todos, mas principalmente da parte mais pobre da população.
