O governo venezuelano não trouxe, ainda, informes oficiais sobre a inflação no país em 2022. Apesar disso, ONGs e observatórios instalados no país estimam que inflação na Venezuela pode ter superado os 300% no último ano. O último informe feito pelo Banco Central venezuelano foi em outubro, apontando inflação acumulada de 119,4% no ano.
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A estimativa de 300% é uma média. No levantamento divulgado na última semana pela ONG Cedice (Centro de Difusão do Conhecimento Econômico), somente o setor de alimentação teria alta de preços de até 332,43% no ano passado.
Com relação ao custo de vida em dólares, o custo de vida também aumentou 27,01% devido à inflação ser maior que a depreciação da moeda local, o bolívar, em relação à moeda americana.
Outras estimativas de inflação na Venezuela
O Observatório Venezuelano de Finanças (OVF), centro de pesquisas vinculado à oposição no país, também anunciou sua estimativa de inflação acumulada em 2022 em 305,7%.
Os números impressionam brasileiros, mas representam uma desaceleração no ritmo de aumento dos preços. Hoje, o contexto venezuelano inclui o domínio do dólar nas ruas. Isso ocorre desde a liberação feita por Nicolás Maduro em 2019, após 15 anos de proibição da circulação da moeda dos EUA.
Em 2021, a inflação oficial divulgada pelo Banco Central do país foi de 686,4%, o dobro da anunciada por ONGs e observatórios para 2022. Apesar disso, ambos os resultados ainda colocam a Venezuela como um dos países com a maior inflação do mundo.
