O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou a posse da nova presidente do Branco do Brasil, Tarciana Medeiros, na última segunda-feira (16), para direcionar a população sobre os caminhos que deseja para o banco na nova gestão. Lula quer BB ‘campeão de crédito consignado’, por exemplo, além do maior apoio à agricultura familiar.
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Lula ainda exaltou a importância do banco BB para o financiamento do agronegócio no país, mas disse querer mais foco em iniciativas como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), pedindo para a nova presidente mais atenção às pessoas de baixa renda e pequenos produtores rurais.
Tarciana Medeiros, 44, é a primeira mulher a assumir a presidência do BB nos seus 214 anos de existência. Em seu discurso, ela afirmou a diversidade como a marca da sua gestão.
“A missão que assumo, a partir de hoje, é extremamente relevante e desafiadora. A melhor forma de agradecer é assumir aqui o compromisso de continuar a entregar resultados sustentáveis para os nossos acionistas e ser relevante na vida das pessoas, em todos os momentos, contribuindo para o desenvolvimento do Brasil”, afirmou.
Por que Lula BB ‘campeão de crédito consignado’?
A fala do presidente tem ligação com o discurso promovido durante sua carreira política e reforçado nas últimas eleições: a inclusão de pessoas de menor renda na economia a partir de crédito e assistências.
“Quero que a gente seja campeão de crédito consignado. Quero mostrar para vocês uma coisa que eu dizia em 2003 e vou dizer agora: o pobre nesse país não é o problema, é a solução, na medida em que é incluído na economia. Vamos, outra vez, incluir povo pobre na economia e queremos que o Banco do Brasil cumpra sua parte”, ressaltou o presidente.
Assim como a Caixa Econômica Federal tem um papel importante na inclusão de pessoas de menor renda na economia a partir de créditos facilitados e com condições melhores, a ideia do presidente é sugerir que o BB também retome esse protagonismo.
Durante a cerimônia, Lula ainda brincou com a executiva defendendo o aumento para funcionários. “De vez em quando, a gente tem que dar um pouquinho de aumento para os funcionários, porque, senão, eles fazem greve contra você”, comentou. As últimas paralizações desse tipo ocorreram em fevereiro de 2021, contra o fechamento de 112 agências e a demissão de mais de 5 mil funcionários.
