A morte do papa emérito Bento XVI abriu um precedente nunca visto na história milenar da Igreja Católica: é a primeira vez que um papa enterrará a outro papa. Isso porque, o Papa Francisco é quem presidirá o funeral de seu antecessor, o Bento XVI, que morreu no último sábado, 31, aos 95 anos.
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Funeral
As últimas homenagens a Bento XVI serão realizadas da forma em que o papa emérito desejava: com a maior simplicidade possível. Matteo Bruni, porta-voz do Vaticano, garantiu que tal vontade será atendida.
Para que os fiéis possam se despedir e prestar as últimas homenagens, o corpo de Bento XVI segue exposto na Basílica de São Pedro até o enterro. A cerimônia de adeus ocorrerá apenas na quinta-feira, 5, na praça São Pedro, em frente à basílica. Em síntese, é esta cerimônia que o Papa Francisco vai presidir a partir das 9:30 (horário local).
O que muda na cerimônia
Alguns detalhes do funeral de Bento XVI diferenciam a cerimônia dos ritos anteriores. Não haverá o “assento vago” ou a convocação de um conclave. Isso porque, na prática, não haverá assembleia da Igreja Católica para a escolha de um novo líder em um processo de eleição.
Este cenário só é possível porque a igreja segue com um líder: o Papa Francisco. Vale lembrar que ele foi eleito após a renúncia de Bento XVI em 2013. Portanto, não haverá a Sede Vacante (assento vago, em tradução livre), uma vez que Francisco segue em suas atribuições.
Bento XVI faleceu no último dia de 2023, encerrando a era de dois papas. Dezenas de milhares de pessoas devem participar da última celebração antes do funeral. Em tempo, chefes de Estado e líderes de outras religiões devem participar do enterro do 265º papa da história.
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